São Paulo, quinta-feira, 14 de abril de 2011

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México acha dezenas de cadáveres em valas de três Estados

Pior caso é o do fronteiriço Tamaulipas, no qual covas clandestinas já revelaram pelo menos 122 assassinatos

Suspeita é que vítimas sejam jovens mexicanos que tiveram seus ônibus atacados por quadrilhas ao viajarem para os EUA

DE SÃO PAULO

Em apenas 13 dias, as autoridades mexicanas encontraram pelo menos 122 cadáveres em covas clandestinas na região de San Fernando, no Estado de Tamaulipas, conforme a procuradora-geral Marisela Morales.
Os trabalhos de busca, iniciados em 1º de abril, ainda não terminaram. Para o prefeito de San Fernando, Patricio Ahumada Jr, muitos corpos ainda serão localizados.
Foi também em San Fernando que, em 2010, 72 imigrantes ilegais -sendo quatro brasileiros- foram achados mortos dentro de um sítio abandonado. Na época, o cartel Zetas, que luta pelo controle da área, foi apontado como autor da chacina.
Também ontem, outras covas clandestinas foram achadas no Estado de Sinaloa -o berço do maior cartel do país, homônimo- e de Sonora.
Na cidade de Ahome, em Sinaloa, ao menos cinco covas com 11 corpos -dois de mulheres- foram encontradas em um prédio. No mesmo prédio havia ainda mensagens que, para os investigadores, apontam a participação também dos Zetas.
Na fronteiriça Nogales, em Sonora, foram encontradas uma cova com um homem e outra com três.
Essas quatro vítimas, conforme as informações das autoridades locais, têm entre 30 e 35 anos e parecem ter sido mortas 10 a 15 dias atrás.
Já a identificação das dezenas de corpos localizadas em Tamaulipas segue lenta.
Segundo a mídia local, as vítimas são na maioria mexicanos jovens que deixaram diferentes Estados do país, de ônibus, com destino aos EUA, onde entrariam ilegalmente. Mas há ao menos um estrangeiro, o guatemalteco Feliciano Tagual Ovalle, 44.
Os ataques de quadrilhas a ônibus com imigrantes ilegais têm sido frequentes em Tamaulipas. O governo confirma seis desde janeiro, mas moradores da região dizem que seria mais.
San Fernando, que está situada a apenas 150 km de distância do Estado americano do Texas, fica entre duas das maiores rodovias que levam ao nordeste do México.
Por causa das denúncias, desde o começo deste mês, as autoridades mexicanas reforçaram a vigilância nas estradas e prenderam cerca de 17 suspeitos.

Com agências de notícias


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