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Barco com ajuda a Mianmar afunda e perde carregamento
Embarcação se chocou contra um tronco no delta do Irawaddy; não há vítimas
Junta militar agora permite a entrada de suprimentos externos, mas fluxo ainda é lento; regime celebra vitória em referendo sobre Carta
DA REDAÇÃO
Um barco do Comitê Internacional da Cruz Vermelha
-um dos primeiros a transportar suprimentos para parte do
1,5 milhão de vítimas do ciclone
Nargis- afundou ontem em
Mianmar ao se chocar contra
um tronco no delta do Irrawaddy (sudoeste). Não houve
vítimas, mas a carga se perdeu.
Apenas neste sábado a junta
militar que governa o país liberou a entrada de ajuda humanitária externa, vital após a devastação pelo ciclone no último
dia 2. O barco levava alimentos
e suprimentos para cerca de
mil pessoas, como cem sacos de
arroz, 5.000 litros de água potável, 10.000 tabletes para purificação de água e 30 caixas de
roupas, além de sabão, luvas e
máscaras cirúrgicas.
Como a entrada de voluntários estrangeiros continua
proibida, as doações estão sendo distribuídas segundo critérios do governo birmanês, o
que tem provocado críticas da
comunidade internacional. Segundo informações oficiais, o
desastre provocou a morte de
pelo menos 28 mil pessoas
(5.000 a mais do que no último
comunicado estatal), e mais de
33 mil estariam desaparecidas.
Em estimativas de outras organizações, o número de mortos pode chegar a 100 mil. Os
ministros do Desenvolvimento
da União Européia se reúnem
amanhã para debater o tema.
Apesar do desastre, a junta
militar, no poder desde 1962,
festejou o "êxito" do referendo
sobre a nova Constituição,
ocorrido sábado. O resultado só
será divulgado após a votação
em 40 cidades afetadas pelo ciclone, adiada para o dia 24.
Houve relatos de intimidação
de eleitores, e analistas vêem
poucos avanços no documento.
Com agências internacionais
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