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ÁFRICA
Líder argelino conquista 3º mandato em eleição criticada
DA REDAÇÃO
No poder desde 1999, o
presidente da Argélia, Abdelaziz Bouteflika, assegurou
sua permanência no cargo
pelo terceiro mandato consecutivo depois que o Ministério do Interior proclamou
ontem, em meio a acusações
de fraude, sua vitória nas
eleições de quinta-feira.
Segundo o ministro do Interior, Yazid Zerhouni, aliado do presidente, Bouteflika
obteve arrasadores 90,24%
dos votos. A participação
anunciada foi de 74,54% dos
cerca de 20 milhões de argelinos aptos a votar.
"Estas eleições são uma vitória da nação, da vontade
dos argelinos e demonstram
um progresso incontestável
em matéria de liberdade de
expressão", disse Zerhouni,
negando acusações de fraude
"em escala industrial" lançadas pela oposição.
Há suspeitas de que listas
eleitorais foram infladas, e a
população, coagida.
A vitória do nacionalista
Bouteflika, 72, veterano da
guerra pela independência,
era tida como certa, já que ele
concorria com cinco candidatos inexpressivos, únicos
autorizados pelo governo a
participar do pleito.
Mas o presidente, que mudou a lei para poder se candidatar pela terceira vez, precisava de um alto comparecimento nas urnas para dar legitimidade à eleição.
Seus partidários argumentam que a Argélia precisa de
continuidade para consolidar sua recuperação depois
da guerra civil dos anos 90,
que deixou 200 mil mortos.
Uma das principais bases
da plataforma de reeleição
do presidente é a de que ele
restaurou a paz, graças à
anistia oferecida aos militantes islâmicos para abandonarem as armas.
Mas os críticos alegam que
ele monopolizou o poder,
marginalizou o Legislativo e
os partidos políticos e manteve a economia fechada.
Além disso, ainda há grupos
terroristas atuantes no país.
Com agências internacionais
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