São Paulo, terça-feira, 07 de abril de 2009

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TELEVISÃO

Crítica

Longa faz visita incômoda ao correr do tempo

INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA

"Bossa Nova" (Canal Brasil, 18h30, livre) foi um filme que causou muita decepção, em parte por causa do título e da época de lançamento.
Exibido no cinquentenário do movimento, o que parecia prometer era a história real de seu surgimento. Em vez disso, Walter Lima Jr. optou por trabalhar sobre o grupo de amigos músicos (além de um cineasta) do Rio que vão tentar a sorte em Nova York.
Eis o que há de melancólico no filme: em vez de oferecer uma confortável volta no tempo, promove uma incômoda visita ao tempo, ao correr do tempo, ao que ele pode ter de implacável ao se contrapor a sonhos pessoais ou nacionais.
"Bossa Nova" é um filme que sofre por não aceitar a facilidade das coisas. E sofre, também, por aceitar uma delas: em um filme que escapa de todas as armadilhas que a política costuma propor, o desaparecimento de um personagem por razões políticas soa um tanto arbitrária -não em relação à realidade da época, mas à construção dramática da obra.


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