São Paulo, sexta-feira, 04 de abril de 2008

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Jay-Z negocia acordo de carreira com Live Nation

Empresa de shows deve fechar seu maior contrato, de US$ 150 milhões, com rapper

"Virei os Stones do hip-hop", diz astro; notícia do negócio chega quatro dias depois de a Live Nation anunciar contrato com astros irlandeses do U2

DA REPORTAGEM LOCAL

Quatro dias após anunciar um contrato de 12 anos com o grupo irlandês U2, a empresa de promoção de shows Live Nation está próxima de fechar negócio para administrar a carreira de outra grande estrela, o rapper Jay-Z.
Segundo anunciou ontem o jornal "The New York Times", pelo acordo que será firmado entre o rapper e a empresa ainda nesta semana, Jay-Z ganhará quase US$ 150 milhões (cerca de R$ 260 milhões) -a maior cifra já paga pela Live Nation e um dos maiores contratos da história da música.
Com o negócio, a empresa passa a administrar toda a carreira de Jay-Z, incluindo lançamento de álbuns, turnês, comercialização de produtos e empreendimentos futuros -o rapper é célebre por seu tino comercial, que já gerou uma marca de roupas, vendida no ano passado por US$ 204 milhões, e uma cadeia de clubes noturnos nos EUA.
"Me tornei o Rolling Stones do hip-hop", disse o artista em entrevista ao "NY Times".

Negócio abrangente
O acordo com Jay-Z é mais abrangente que o acertado com o U2 (pelo qual a empresa ficou com os direitos digitais, de comercialização e turnês, mas não lançamento de álbuns) e o mesmo que o que a empresa fechou com Madonna há cinco meses (que inclui, além das turnês e produtos, novos discos).
A movimentação da empresa é mais um reflexo da mudança de paradigma na indústria musical, que vem testemunhando há anos o declínio das vendas e busca novas maneiras de lucrar com as carreiras dos artistas, passando a se envolver com outros aspectos além da produção e venda de discos.
Jay-Z, 38, cujo nome real é Shawn Carter, não ficou imune à atual crise da indústria -seu último álbum, "American Gangster" (2007), vendeu um milhão de cópias nos EUA, contra as mais de três milhões do "The Black Album", de 2003.
O rapper ainda tem que entregar mais um álbum de estúdio ao selo Def Jam, do qual foi presidente por três anos até abrir mão do cargo, em dezembro passado, por não chegar a um acordo de renovação de contrato com a Universal Music, a dona do selo.
Sua primeira ação como contratado da Live Nation é a atual turnê de 28 datas, acompanhado de Mary J. Blige, sua maior série de shows nos últimos três anos. Após seu encerramento, a empresa pretende integrar a comercialização de todas as atividades do rapper.


Com agências internacionais

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