São Paulo, quarta-feira, 03 de março de 2010

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CONEXÃO POP

De Lady Gaga a "Alice"


Revista com a cantora de topless na capa é boicotada por livrarias dos EUA; filme de Tim Burton estreia nos EUA


THIAGO NEY
DA REPORTAGEM LOCAL

SAIA DA frente, Madonna. É a vez de Lady Gaga.
É assim que a revista britânica "Q" estampa sua polêmica capa da edição de março, que exibe Lady Gaga, chamada por muitos de "nova" Madonna, em topless e com um nada sutil vibrador. Duas coisas sobre Lady Gaga.
Primeiro: essa capa da "Q" está sendo boicotada por grandes livrarias e lojas dos Estados Unidos, como a rede Borders. Lady Gaga de topless e vibrador? Não pode. Segundo: está bem misterioso o show de Lady Gaga no Brasil. Um dos grandes produtores que estava no leilão para trazer a cantora desistiu, dizendo que havia "muito dinheiro envolvido". Bem, o rumor que corre é que um milionário que não é do setor pagou uma quantia absurda para promover um show de Gaga no estádio do Morumbi (em 13 de junho) e outro privê, para poucos, no dia anterior.
Alguns produtores consultados por esta coluna dizem que o empresário de Gaga parou de responder pedidos do Brasil para contratá-la. Inspirada em Freddie Mercury e apoiada por hits como "Bad Romance", Lady Gaga já vendeu mais de 8 milhões de discos em uma época em que ninguém compra discos.

 


Está preparado para "Plastic Beach"? Porque o terceiro disco do Gorillaz está entre nós. A banda-cartum de Damon Albarn aparece ainda mais divertida, ainda mais black, ainda mais dançante, ainda mais experimental, ainda mais pop. O Gorillaz parece ter reunido e misturado todas as referências presentes nos dois discos anteriores.
Este "Plastic Beach" traz vários convidados (Lou Reed, Bobby Womack, Mark E. Smith, Snoop Dogg...) e é feito de canções que brincam com a soul music ("Stylo"), dancehall ("Superfast Jellyfish"), pop largado ("Rhinestone Eyes"); electro-pop oitentista ("On Melancholy Hill), orientalismos ("White Flag").
Brincadeira? Projeto? O Gorillaz ganhou vida própria.

 


E nesta semana chega aos cinemas (cinemas dos EUA, bem entendido) "Alice in Wonderland", a super-aguardada versão de Tim Burton para a fantasia de Lewis Carroll. Segundo relatos de publicações como "Variety" e "Hollywood Reporter", o filme é "esperto", "prazeroso", "encantador". No Brasil, estreia em 2/4. E corra atrás de "Almost Alice", disco em que gente como Franz Ferdinand, Robert Smith (The Cure) e Wolfmother interpreta canções inspiradas pelo filme.

thiago.ney@uol.com.br


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