São Paulo, quarta-feira, 25 de agosto de 2010

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Pós-Copa, São Paulo iguala último

Sem rumo no futebol, time pega o Vasco, hoje, com desempenho de lanterna após o Mundial

RODRIGO MATTOS
DE SÃO PAULO

Rebaixamento, cobranças, pressão, culpados, baladeiros, técnico interino.
São as palavras que compõem o vocabulário são-paulino nos últimos dias. São os termos que explicam o ambiente do time para enfrentar hoje o Vasco, no Morumbi.
Esse cenário é fruto de uma campanha de time lanterna após a Copa-2014.
Em oito jogos, a equipe conseguiu seis pontos, um quarto do total em disputa.
Seu desempenho no período é igual ao do Atlético-GO, último colocado da tabela.
Dos sete lanternas na era dos pontos corridos, ao final do Brasileiro, só dois tiveram rendimento pior do que o são-paulino após o Mundial -foram Santa Cruz (2006) e América-RN (2007).
Os resultados levaram o time à 15ª posição, dois pontos à frente da zona da degola.
"O São Paulo estar nessa situação é muito complicado. Não quero nem pensar no rebaixamento. O nosso objetivo é se aproximar do G4", disse o técnico interino Sérgio Baresi, que comandará o time pela última vez se a diretoria achar um substituto.
É um dos sinais da falta de rumo do futebol são-paulino.
Desde o final da Copa, o clube teve três técnicos e procura um quarto. E terá a terceira escalação diferente desde a chegada de Baresi.
O interino realizou ontem mais um treinamento com 12 jogadores na linha. Admitiu que tem duas variações possíveis em sua escalação.
Rodrigo Souto, Richarlyson e Cléber Santana devem disputar duas posições no meio. Ex-júnior, Marcelinho deve ser promovido a meia titular após 15 minutos de futebol razoável no clássico de domingo com o Corinthians.
Banido do banco no domingo, Dagoberto volta a ser relacionado para um jogo após exigência da torcida.
A presença dos torcedores no CT do clube foi liberada pela diretoria, que antes rejeitava a atuação de organizadas no local de treinos.
Atualmente, a torcida tem voz mais alta do que a do técnico. No treino de ontem, Baresi, antes falante, quase não deu instruções e até se isolou ao lado do campo. Jogadores é que cobravam bastante uns dos outros. Conversas entre os atletas têm sido constantes, contou Cléber Santana.
"Temos que nos cobrar mais um do outro", defendeu o meia, que aceitou cobranças da torcida, mas rechaçou a acusação de ser baladeiro.
"Converso com jogadores que, quando vim, sabia que o São Paulo era um clube de conquistas", lembrou. Mas, hoje, essa é uma palavra longe do dicionário são-paulino.


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