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Pós-Copa, São Paulo iguala último
Sem rumo no futebol, time pega o Vasco, hoje, com desempenho de lanterna após o Mundial
RODRIGO MATTOS
DE SÃO PAULO
Rebaixamento, cobranças, pressão, culpados, baladeiros, técnico interino.
São as palavras que compõem o vocabulário são-paulino nos últimos dias. São os
termos que explicam o ambiente do time para enfrentar
hoje o Vasco, no Morumbi.
Esse cenário é fruto de
uma campanha de time lanterna após a Copa-2014.
Em oito jogos, a equipe
conseguiu seis pontos, um
quarto do total em disputa.
Seu desempenho no período é igual ao do Atlético-GO,
último colocado da tabela.
Dos sete lanternas na era
dos pontos corridos, ao final
do Brasileiro, só dois tiveram
rendimento pior do que o
são-paulino após o Mundial
-foram Santa Cruz (2006) e
América-RN (2007).
Os resultados levaram o time à 15ª posição, dois pontos
à frente da zona da degola.
"O São Paulo estar nessa
situação é muito complicado. Não quero nem pensar no
rebaixamento. O nosso objetivo é se aproximar do G4",
disse o técnico interino Sérgio Baresi, que comandará o
time pela última vez se a diretoria achar um substituto.
É um dos sinais da falta de
rumo do futebol são-paulino.
Desde o final da Copa, o
clube teve três técnicos e procura um quarto. E terá a terceira escalação diferente desde a chegada de Baresi.
O interino realizou ontem
mais um treinamento com 12
jogadores na linha. Admitiu
que tem duas variações possíveis em sua escalação.
Rodrigo Souto, Richarlyson e Cléber Santana devem
disputar duas posições no
meio. Ex-júnior, Marcelinho
deve ser promovido a meia titular após 15 minutos de futebol razoável no clássico de
domingo com o Corinthians.
Banido do banco no domingo, Dagoberto volta a ser
relacionado para um jogo
após exigência da torcida.
A presença dos torcedores
no CT do clube foi liberada
pela diretoria, que antes rejeitava a atuação de organizadas no local de treinos.
Atualmente, a torcida tem
voz mais alta do que a do técnico. No treino de ontem, Baresi, antes falante, quase não
deu instruções e até se isolou
ao lado do campo. Jogadores
é que cobravam bastante uns
dos outros. Conversas entre
os atletas têm sido constantes, contou Cléber Santana.
"Temos que nos cobrar
mais um do outro", defendeu
o meia, que aceitou cobranças da torcida, mas rechaçou
a acusação de ser baladeiro.
"Converso com jogadores
que, quando vim, sabia que o
São Paulo era um clube de
conquistas", lembrou. Mas,
hoje, essa é uma palavra longe do dicionário são-paulino.
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