São Paulo, quarta-feira, 25 de junho de 2008

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

De fora, Felipe aumenta a "maldição" da camisa 1

Goleiro, que só deve voltar contra São Caetano, é o 11º a ser usado desde 2002

Com Júlio César no gol, Corinthians tentará hoje, contra Bragantino, a sétima vitória na Série B, após ouvir protesto de seus torcedores

EDUARDO ARRUDA
PAULO GALDIERI
DA REPORTAGEM LOCAL

O Corinthians, que em sua história exibiu goleiros como o lendário Gilmar (bicampeão mundial com a seleção brasileira em 1958 e 1962), Carlos, Ronaldo e Dida, nunca sofreu tanto por causa de um camisa 1 como nos últimos seis anos.
Desde 2002, quando Dida deixou o Parque São Jorge rumo ao Milan, o clube, que hoje, às 21h50, tenta retomar o rumo das vitórias na Série B, diante do Bragantino, em Ribeirão Preto, não consegue firmar um titular absoluto na equipe.
Apostava em Felipe, que se tornou ídolo na vergonhosa campanha do rebaixamento no ano passado, mas o arqueiro botou tudo a perder ao falhar contra o Sport na final da Copa do Brasil. Desde então, não foi relacionado para as partidas.
A decisão do técnico Mano Menezes, com o respaldo da diretoria, foi justificada com a alegação de que falta empenho do goleiro nos treinamentos.
O fato é que Felipe dificilmente voltará a vestir a camisa do clube, que espera negociá-lo. Ele é a 11ª vítima da "maldição" que se abateu sobre os arqueiros corintianos. Antes dele, outros dez foram titulares, o que dá uma média de quase dois goleiros utilizados a cada ano.
O drama de Felipe, que afirmou que só deixará o clube se a diretoria quiser, acentuou-se ontem. Um grupo de 16 torcedores da Gaviões da Fiel, principal torcida organizada do clube alvinegro, chamou o goleiro de "pipoqueiro". Alguns conselheiros corintianos acreditam que o protesto tem o dedo da diretoria, que quer forçar a saída do jogador do clube.
A manifestação foi estendida também ao zagueiro Fábio Ferreira, chamado de "cachaceiro" e ao meia-atacante Lulinha.
Ontem, o técnico Mano Menezes disse que Felipe só deverá retornar contra o São Caetano; mesmo assim, no banco. E criticou o protesto. "Eu acho que não ajuda trabalhar com alguém falando coisas ruins de você. Mas o Corinthians é assim mesmo. Eu me preparei para conviver com isso."
Agora titular, Júlio César também já passou maus bocados no clube. Em 2005, teve chance de ser titular após o afastamento de Fábio Costa, que depois retornou à meta.
Logo depois da saída de Dida, Doni virou titular. Saiu pela porta dos fundos, assim como Rubinho, Jonatas, Tiago, Marcelo, Johnny Herrera, Silvio Luiz e Jean. "Foi complicado o período de 2005 até agora. Não é fácil treinar a semana inteira como quarto goleiro e não ter perspectiva de entrar", disse, ao diário "Lance!", Júlio César, que usará a camisa 22. "Tem me dado sorte", afirmou.
A partida de hoje seria disputada inicialmente no sábado, mas foi antecipada a pedido da TV Globo, que a transmitirá para o Estado de São Paulo.


NA TV - Bragantino x Corinthians
Globo (para SP), ao vivo, às 21h50



Texto Anterior: Santista Rodrigo Souto é pego no antidoping
Próximo Texto: Plano B: Prefeitura diz que só cede o Pacaembu com projeto de R$ 200 mi
Índice


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.