São Paulo, quarta-feira, 19 de agosto de 2009

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Brasileiros "somem" no Mundial

Jadel Gregório vai mal na final do salto triplo e, passados 4 dias, atletas são coadjuvantes em Berlim

Com fracasso anterior, de Fabiana Murer, CBAt aposta em Marilson dos Santos e em Maurren Maggi para conseguir uma medalha

JOSÉ EDUARDO MARTINS
ENVIADO ESPECIAL A BERLIM

As previsões otimistas da CBAt (Confederação Brasileira de Atletismo) para o Mundial de Berlim estão cada vez mais longe de se concretizarem. Ontem, na capital alemã, mais uma das principais esperanças da delegação nacional não teve êxito e ficou longe do pódio.
Último medalhista brasileiro em Mundiais, com a prata em Osaka, dois anos atrás, Jadel Gregório terminou na oitava colocação a final do salto triplo, com a marca de 16,89 m. Foi seu pior resultado nos quatro Mundiais de que participou.
"Todo mundo sempre espera uma grande apresentação. Mas é claro que nunca é da maneira que a gente imagina, e os resultados não acontecem", declarou José Antonio Fernandes, chefe da delegação brasileira.
A confederação, empolgada com o ouro de Maurren Maggi no salto em distância na Olimpíada de Pequim, acreditava na conquista de duas medalhas na Alemanha. "Restam a Maurren e o Marilson [dos Santos, da maratona], que são dois atletas tops. Era uma estimativa nossa, contando a melhor das hipóteses", minimizou Fernandes.
Outra esperança da CBAt, o revezamento 4 x 100 m masculino atua na sexta, desfalcado após o escândalo de doping sistemático com a substância EPO (eritropoietina) e a consequente suspensão do treinador Jayme Netto Jr. e dos velocistas Bruno Lins e Jorge Célio.
"Não estamos com a melhor equipe. Eles estão um pouco sentidos, mas vão honrar a camisa", afirmou Fernandes.
Segundo o dirigente, as dificuldades no Mundial também eram previstas. "O problema está na base. Se formos discutir gestão esportiva no país, o assunto é mais abrangente."
Com lesão no joelho direito e na coxa esquerda, Jadel creditou parte de seu desempenho ruim ao período de preparação.
"Não tinha como pagar o meu treinador [o inglês Peter Stanley] para ficar no Brasil. Agora, consegui um patrocínio e acho que em outubro poderei voltar a treinar na Inglaterra."
Apesar do oitavo lugar, Jadel fez um balanço positivo de sua participação em Berlim.
"Depois da Olimpíada, perdi um pouco da autoestima e só voltei a trabalhar em janeiro. Dentro das condições, o resultado foi excelente", declarou.
Na prova, para ficar com o ouro, o inglês Phillips Idowu saltou 17,73 m e superou o campeão olímpico, o português Nelson Évora (17,55 m). Com 17,36 m, o cubano Alexis Co- pello ficou com o bronze.
Ainda ontem, o brasileiro Sandro Viana disputou a bateria de classificação dos 200 m, vencida pelo jamaicano Usain Bolt. Viana ficou em quarto, com 21s18, e foi eliminado.
Hoje, a atleta mais experiente da delegação feminina, Elisângela Adriano, 37, disputaria, a partir das 5h10 (horário de Brasília), a classificação no lançamento do disco. Será a oitava vez que a atleta marca presença em um Mundial. Finalista na Olimpíada de Pequim, no ano passado, Jessé Faria participaria da classificação no salto em altura, a partir das 6h10.


NA TV - Mundial de atletismo
Sportv, a partir das 13h




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