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Brasileiros "somem" no Mundial
Jadel Gregório vai mal na final do salto triplo e, passados 4 dias, atletas são coadjuvantes em Berlim
Com fracasso anterior, de Fabiana Murer, CBAt aposta em Marilson dos Santos
e em Maurren Maggi para conseguir uma medalha
JOSÉ EDUARDO MARTINS
ENVIADO ESPECIAL A BERLIM
As previsões otimistas da
CBAt (Confederação Brasileira
de Atletismo) para o Mundial
de Berlim estão cada vez mais
longe de se concretizarem. Ontem, na capital alemã, mais
uma das principais esperanças
da delegação nacional não teve
êxito e ficou longe do pódio.
Último medalhista brasileiro
em Mundiais, com a prata em
Osaka, dois anos atrás, Jadel
Gregório terminou na oitava
colocação a final do salto triplo,
com a marca de 16,89 m. Foi
seu pior resultado nos quatro
Mundiais de que participou.
"Todo mundo sempre espera
uma grande apresentação. Mas
é claro que nunca é da maneira
que a gente imagina, e os resultados não acontecem", declarou José Antonio Fernandes,
chefe da delegação brasileira.
A confederação, empolgada
com o ouro de Maurren Maggi
no salto em distância na Olimpíada de Pequim, acreditava na
conquista de duas medalhas na
Alemanha. "Restam a Maurren
e o Marilson [dos Santos, da
maratona], que são dois atletas
tops. Era uma estimativa nossa,
contando a melhor das hipóteses", minimizou Fernandes.
Outra esperança da CBAt, o
revezamento 4 x 100 m masculino atua na sexta, desfalcado
após o escândalo de doping sistemático com a substância EPO
(eritropoietina) e a consequente suspensão do treinador Jayme Netto Jr. e dos velocistas
Bruno Lins e Jorge Célio.
"Não estamos com a melhor
equipe. Eles estão um pouco
sentidos, mas vão honrar a camisa", afirmou Fernandes.
Segundo o dirigente, as dificuldades no Mundial também
eram previstas. "O problema
está na base. Se formos discutir
gestão esportiva no país, o assunto é mais abrangente."
Com lesão no joelho direito e
na coxa esquerda, Jadel creditou parte de seu desempenho
ruim ao período de preparação.
"Não tinha como pagar o
meu treinador [o inglês Peter
Stanley] para ficar no Brasil.
Agora, consegui um patrocínio
e acho que em outubro poderei
voltar a treinar na Inglaterra."
Apesar do oitavo lugar, Jadel
fez um balanço positivo de sua
participação em Berlim.
"Depois da Olimpíada, perdi
um pouco da autoestima e só
voltei a trabalhar em janeiro.
Dentro das condições, o resultado foi excelente", declarou.
Na prova, para ficar com o
ouro, o inglês Phillips Idowu
saltou 17,73 m e superou o campeão olímpico, o português
Nelson Évora (17,55 m). Com
17,36 m, o cubano Alexis Co-
pello ficou com o bronze.
Ainda ontem, o brasileiro
Sandro Viana disputou a bateria de classificação dos 200 m,
vencida pelo jamaicano Usain
Bolt. Viana ficou em quarto,
com 21s18, e foi eliminado.
Hoje, a atleta mais experiente da delegação feminina, Elisângela Adriano, 37, disputaria,
a partir das 5h10 (horário de
Brasília), a classificação no lançamento do disco. Será a oitava
vez que a atleta marca presença
em um Mundial. Finalista na
Olimpíada de Pequim, no ano
passado, Jessé Faria participaria da classificação no salto em
altura, a partir das 6h10.
NA TV - Mundial de atletismo
Sportv, a partir das 13h
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