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Teixeira vai parar na Justiça por causa de dívidas de restaurante
HUDSON CORRÊA
DO RIO
A Justiça Federal bloqueou as contas de um restaurante que pertencia ao
presidente da Confederação
Brasileira de Futebol e do Comitê Organizador Local da
Copa-14, Ricardo Teixeira,
devido à dívida de R$ 57.100
com a Previdência Social.
Teixeira também responde
pelo débito na ação judicial.
O advogado da City Port
Bar e Restaurante, que funciona no centro do Rio, afirma que o presidente da CBF
deixou o negócio em dezembro do ano passado.
A decisão judicial foi tomada em novembro, ou seja,
quando Teixeira ainda não
estava afastado da empresa,
como apontam documentos
obtidos pela Folha.
Entre a ordem judicial e o
bloqueio, decorreram cinco
meses. O Banco Central vasculhou quatro contas e bloqueou R$ 28.900 disponíveis
entre 20 e 22 de abril. Em
duas agências, não havia saldo. Com isso, não foi possível
levantar o total do débito.
A dívida do restaurante é
referente às contribuições
obrigatórias para a Previdência e o FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço)
no período de novembro de
2005 a abril de 2006.
O INSS entrou com uma
ação judicial de cobrança
contra Teixeira e a empresa
em março de 2008. Logo em
seguida, a Justiça mandou
citar o presidente da CBF e do
COL. Tanto na residência dele quanto na confederação,
foi informado que o dirigente
estava no exterior, sem previsão de volta ao Brasil.
As contas do restaurante já
tinham sido alvo de devassa
na CPI do Futebol, em 2001,
que apurou empréstimos de
US$ 900 mil concedidos no
exterior à empresa.
Segundo o relatório da
CPI, o City Port Bar não tinha
condições financeiras de
bancar as operações das
quais o presidente da CBF foi
avalista. No fim da apuração,
a CPI recomendou fiscalização à Receita Federal.
Não há informação sobre
quais foram as ações do fisco
a partir das recomendações.
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