São Paulo, domingo, 17 de maio de 2009

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Rio-2016 faz GP "atrair" estrelas do atletismo

Prova no Engenhão, hoje, terá orçamento de R$ 2,2 milhões, similar ao principal evento internacional do país, que será em Belém

ADALBERTO LEISTER FILHO
DA REPORTAGEM LOCAL

No ano em que o Rio é candidato a sede dos Jogos-2016, o GP de atletismo da cidade, cujas provas começam às 9h, no Engenhão, tem novo status.
Com investimento de R$ 2,2 milhões, seu orçamento é similar ao principal evento internacional do país, o GP Brasil de Belém, no próximo domingo.
As despesas serão cobertas com dinheiro público, graças à Caixa Econômica Federal, patrocinadora da CBAt (Confederação Brasileira de Atletismo), e ao governo do Estado do Rio.
"O GP do Rio vem crescendo a cada ano. Mas é a primeira vez que tem gasto equiparado ao de Belém", diz Roberto Gesta de Melo, presidente da CBAt.
Com o Rio finalista da eleição para os Jogos-16 -disputa com Chicago, Madri e Tóquio-, a ideia é usar o GP da cidade para dar visibilidade à candidatura.
"É claro que a campanha [de 2016] favoreceu. Mas a ideia é que, independentemente do resultado da eleição, o Rio traga grandes eventos", conta Melo.
"Nunca levei a sério as candidaturas anteriores do Brasil. Acho que não tinham nível mínimo de credibilidade. Agora é diferente", completa o cartola.
Se os eventos de Rio e Belém têm gastos semelhantes, a disputa do Pará é superior no prestígio concedido pela Iaaf (entidade que gere o atletismo).
Enquanto o evento de Belém é nomeado como GP Iaaf, o do Rio aparece no site da entidade só como GP Sul-Americano.
"Mas a maioria dos que competem em um fica no país para disputar o outro", relata Melo.
Um atrativo interessante para os competidores são os US$ 230 mil (cerca de R$ 477 mil) que serão gastos em premiação.
Mais generoso, o GP atraiu a presença de grupo de estrelas internacionais como havia muito tempo não se via no país.
A prova verá alguns atuais campeões mundiais e olímpicos, como o português Nelson Évora (salto triplo), a neozelandesa Valerie Vili (arremesso de peso) e o panamenho Irving Saladino (salto em distância).
Évora, ausente do país desde 2006, quando ainda não havia amealhado suas maiores conquistas, entrou abertamente na campanha Rio-2016. "Seria maravilhoso participar de uma Olimpíada em um país que fale a minha língua", disse, político.
Do Brasil, os maiores nomes são Maurren Maggi, campeã olímpica de salto em distância, Jadel Gregório, vice-campeão mundial de salto triplo, e Fabiana Murer, bronze no Mundial indoor no salto com vara.


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