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Rio-2016 faz GP "atrair" estrelas do atletismo
Prova no Engenhão, hoje, terá orçamento de R$ 2,2 milhões, similar ao principal evento internacional do país, que será em Belém
ADALBERTO LEISTER FILHO
DA REPORTAGEM LOCAL
No ano em que o Rio é candidato a sede dos Jogos-2016, o
GP de atletismo da cidade, cujas provas começam às 9h, no
Engenhão, tem novo status.
Com investimento de R$ 2,2
milhões, seu orçamento é similar ao principal evento internacional do país, o GP Brasil de
Belém, no próximo domingo.
As despesas serão cobertas
com dinheiro público, graças à
Caixa Econômica Federal, patrocinadora da CBAt (Confederação Brasileira de Atletismo),
e ao governo do Estado do Rio.
"O GP do Rio vem crescendo
a cada ano. Mas é a primeira vez
que tem gasto equiparado ao de
Belém", diz Roberto Gesta de
Melo, presidente da CBAt.
Com o Rio finalista da eleição
para os Jogos-16 -disputa com
Chicago, Madri e Tóquio-, a
ideia é usar o GP da cidade para
dar visibilidade à candidatura.
"É claro que a campanha [de
2016] favoreceu. Mas a ideia é
que, independentemente do
resultado da eleição, o Rio traga
grandes eventos", conta Melo.
"Nunca levei a sério as candidaturas anteriores do Brasil.
Acho que não tinham nível mínimo de credibilidade. Agora é
diferente", completa o cartola.
Se os eventos de Rio e Belém
têm gastos semelhantes, a disputa do Pará é superior no
prestígio concedido pela Iaaf
(entidade que gere o atletismo).
Enquanto o evento de Belém
é nomeado como GP Iaaf, o do
Rio aparece no site da entidade
só como GP Sul-Americano.
"Mas a maioria dos que competem em um fica no país para
disputar o outro", relata Melo.
Um atrativo interessante para os competidores são os US$
230 mil (cerca de R$ 477 mil)
que serão gastos em premiação.
Mais generoso, o GP atraiu a
presença de grupo de estrelas
internacionais como havia
muito tempo não se via no país.
A prova verá alguns atuais
campeões mundiais e olímpicos, como o português Nelson
Évora (salto triplo), a neozelandesa Valerie Vili (arremesso de
peso) e o panamenho Irving Saladino (salto em distância).
Évora, ausente do país desde
2006, quando ainda não havia
amealhado suas maiores conquistas, entrou abertamente na
campanha Rio-2016. "Seria
maravilhoso participar de uma
Olimpíada em um país que fale
a minha língua", disse, político.
Do Brasil, os maiores nomes
são Maurren Maggi, campeã
olímpica de salto em distância,
Jadel Gregório, vice-campeão
mundial de salto triplo, e Fabiana Murer, bronze no Mundial indoor no salto com vara.
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