São Paulo, sábado, 12 de fevereiro de 2011

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Kim Clijsters é nº 1 17 meses após volta

TÊNIS
Belga desbanca Wozniacki e retoma liderança, que já teve duas vezes, após parar para casar e ser mãe


Bertrand Guay/France Presse
Clijsters recebe arranjo em Paris depois de vencer Dokic

DE SÃO PAULO

A partir de segunda, o ranking feminino terá novo nome no topo: Kim Clijsters, 27. A tenista belga reassume o posto que já foi dela por duas vezes, ambas por breves períodos: entre agosto e outubro de 2003 e entre janeiro e março de 2006.
A liderança foi alcançada ontem junto com a vaga na semifinal do Torneio de Paris, após tranquila vitória por 2 sets a 0 (6/3 e 6/0) sobre a australiana Jelena Dokic.
Em francês, para a alegria do público, Clijsters agradeceu ainda na quadra: "Obrigada por todo o apoio. Espero que eu possa também vencer o torneio. É uma boa sensação, mas não muda nada para mim pessoalmente".
Apesar da naturalidade, Clijsters parecia nervosa no começo da partida, quando viu a rival abrir 3 a 0. A partir daí, a belga exerceu seu domínio e venceu todos os games em menos de uma hora.
Agora ex-líder do ranking, a dinamarquesa Caroline Wozniacki não atuou nesta semana e só retorna ao circuito no Torneio de Dubai, a partir da próxima segunda.
A troca de lugares no alto da lista da WTA encerra temporariamente uma discussão comum no circuito. Algumas jogadoras, como a americana Serena Williams, reclamam sobre tenistas assumirem a liderança sem conquistar sequer um Grand Slam.
Na única final que fez em evento desse porte, Wozniacki perdeu justamente para Kim Clijsters, no Aberto dos EUA de 2009. E, quando liderou o ranking pela primeira vez, em 2003, Clijsters tinha os mesmos 20 anos que a dinamarquesa tem agora e também não havia conquistado nenhum Grand Slam.
Porém dessa vez é diferente. Entre os 41 títulos de simples, Clijsters tem três troféus do Aberto dos EUA (2005, 2009 e 2010) e é a atual campeã do Aberto da Austrália.
Pela primeira vez, no entanto, a belga assume a condição de melhor tenista como queridinha do circuito feminino. O novo status foi adquirido no arrasador retorno no Aberto dos EUA-2009. Além do título, Clijsters conquistou o público ao comemorar ao lado da pequena Jada Ellie, a filha de 18 meses.
A tenista parou de jogar por quase duas temporadas -de maio de 2007 até o torneio em Nova York em 2009- para casar e ser mãe.
Antes considerada azeda e avessa à imprensa, a belga passou a encarar o esporte com mais descontração. Em seu perfil no Twitter, no qual é assídua, ela se define como "mãe, mulher, irmã e filha" antes de "jogadora de tênis". Questão de prioridade.


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