São Paulo, quarta-feira, 07 de janeiro de 2009

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Libertadores vira segunda opção do Palmeiras em 2009

Luxemburgo admite mudança de planos em relação ao que fora traçado no ano passado e prioriza o título do Brasileiro

Treinador cita as diversas alterações no elenco que fechou a temporada para justificar por que vê o time mais forte só no 2º semestre


Zanone Fraissat/Folha Imagem
Marcos treina no CT antes de viajar a Atibaia, onde o Palmeiras vai ficar até a estreia no Paulista

RENAN CACIOLI
DA REPORTAGEM LOCAL

Em vez de conquistar a Libertadores, habituar-se a ela. Por ora, esse será o objetivo do Palmeiras em relação ao torneio continental. A meta de 2009 é ganhar o Brasileiro.
Quem estipulou o principal foco do clube no ano foi o técnico Vanderlei Luxemburgo. "O grande objetivo do Palmeiras passa a ser o Brasileiro", declarou, ontem, o treinador, que admitiu a mudança de última hora ocorrida no planejamento.
"Saiu totalmente [do planejado no ano passado]. Mas nem o Palmeiras nem eu tivemos culpa no que aconteceu. Tivemos de fazer uma nova base", afirmou Luxemburgo.
Do grupo que fechou a última temporada, 11 atletas -sem contar o zagueiro Gladstone, que deverá ser devolvido ao Cruzeiro- não estão mais no Parque Antarctica. Seis reforços chegaram ao clube.
"Estamos chegando a uma Libertadores com jogadores que nunca a disputaram, então seria hipocrisia colocar o Palmeiras como um dos favoritos. Vejo um time a longo prazo, mais forte para o Brasileiro", afirmou Luxemburgo.
No ano passado, o treinador afirmara que as metas eram devolver ao Palmeiras um título expressivo e classificar a equipe para a Libertadores seguinte.
O primeiro passo foi dado com a conquista do Paulista, taça que o clube não erguia desde 1996. O segundo, parcialmente, já que o quarto lugar obtido no Nacional obriga o clube a jogar a primeira fase da Libertadores, uma espécie de repescagem anterior à etapa de grupos.
A ideia, porém, era chegar em 2009 com o time pronto para lutar pela taça do torneio mais idolatrado pelos sul-americanos. "Não estou menosprezando a Libertadores, mas preciso ser realista. O importante é estar na competição, torná-la parte do calendário do clube", afirmou Luxemburgo, utilizando o exemplo do time vizinho de CT para ilustrar sua tese.
"O São Paulo ganhou em 2005, mas não vai ganhar sempre. Mas ele está sempre lá, então uma hora belisca", disse.
Após ficar dez anos fora da competição, o clube do Morumbi voltou a disputá-la em 2004 e, desde então, tem participado em todos os anos.
No dia 29, o Palmeiras recebe o Real Potosí, da Bolívia, clube que vai enfrentar no dia 4 de fevereiro a quase 4.000 m de altitude. Quem passar entrará no Grupo 1, que já tem a LDU, do Equador, atual campeã, o Colo Colo, do Chile, e o Sport Recife.
Luxemburgo reprovou a manifestação da principal torcida organizada do clube anteontem, na reapresentação do elenco. Cerca de 200 integrantes da Mancha Alviverde foram ao CT protestar contra o treinador, a diretoria e a Traffic, parceira palmeirense.
"Foi totalmente inadequada para começar a temporada", analisou o treinador.


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