São Paulo, sábado, 10 de outubro de 2009

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Mercado Aberto

MARIA CRISTINA FRIAS - cristina.frias@uol.com.br

Microempresa investe pouco para inovar

As necessidades de recursos para inovação das micro e pequenas empresas brasileiras estão muito distantes das linhas oferecidas para esse fim.
Enquanto as subvenções como as da Finep (Financiadora de Estudos e Projetos) têm valor mínimo de R$ 100 mil, metade das MPEs (Micro e Pequenas Empresas) do país usa recursos inferiores a R$ 3.000 a fim de implementar inovações de processo, produtos ou expansão de mercado.
Esse é o resultado da pesquisa Inovação e Competitividade nas MPEs Brasileiras, feita pelo Sebrae-SP (Serviço Brasileiro de apoio às Micro e Pequenas Empresas de São Paulo) com 4.200 empresas.
"Os pequenos não precisam de valores altos para inovar", afirma Edson Fermann, gerente da Unidade de Acesso à Inovação e Tecnologia do Sebrae nacional, a respeito das chamadas de subvenção.
Às MPEs, a entidade perguntou se fizeram inovação em produto, processo ou serviço entre outubro de 2007 e 2008. Foram consideradas muito inovadoras as que aprimoraram as três áreas, inovadoras as que o fizeram em pelo menos uma e não inovadoras as que não apresentaram melhorias.
Com a pesquisa, vê-se que as regiões Norte e Sul lideram alguns aspectos importantes da inovação.
O Sul é a região em que o cliente é mais ouvido: 40% das inovações foram resultado da demanda deles, ante 30% do resto do país.
Já o Norte foi onde as pequenas mais lançaram produtos ou serviços: 32% ante 24,5% das demais regiões.
No quesito competitividade, o monitoramento de fluxo de caixa e o de mercado são os acompanhamentos mais realizados pelas empresas de pequeno porte, em 83% e 82% delas, respectivamente.
Para Fermann, esse dois itens são os primeiros passos para inovação. "Não adianta querer ser inovador e não monitorar fluxo de caixa e a concorrência", diz. Os próximos, aponta, são o relacionamento com funcionários, clientes e fornecedores.
"Ninguém quer mais fazer "achômetro", ouvir o cliente é muito mais seguro. Isso foi muito usado para controle de qualidade e é a tendência para a inovação", afirma Fermann.

TROCA DE FAMÍLIA
A multinacional alemã do setor químico Evonik encontrou uma maneira original de integrar os seus quadros em todo o mundo: banca programas de intercâmbio cultural para filhos ou, em alguns casos, até sobrinhos de colaboradores, os quais podem ficar hospedados na casa de funcionários em outros países. Na volta, eles trazem um adolescente estrangeiro para conhecer o Brasil também.

FEITO À MÃO
Cinco empresas brasileiras se reuniram para participar da mostra Brasil é Cosi 2010, que apresentará na Itália móveis de design brasileiro em evento paralelo ao Salão Internacional do Móvel de Milão, realizado entre 14 e 19 de abril de 2010. Entre as participantes, estão a paulistana A Lot Of, sediada na alameda Gabriel Monteiro da Silva, e a catarinense Ore Brasil, que produz peças em bambu. Elas vão expor produtos com materiais exclusivos e feitos de forma artesanal. O objetivo é fazer a pré-venda para cerca de 700 arquitetos brasileiros que visitam o Salão e apresentar os produtos ao mercado internacional.

DEBATE
Para aprofundar o debate sobre regulação do sistema financeiro, a Febraban (Federação Brasileira de Bancos) traz Markus Brunnermeier, professor da Universidade Princeton, para participar do seu seminário anual, em 13 de novembro. Também fará palestra no evento Daron Acemoglu, do MIT (Massachusetts Institute of Technology), economista que já ganhou a medalha John Bates Clark, dada a jovens prodígios da área.

CORRIDA
O GP Brasil de F-1 deve trazer uma arrecadação de R$ 2,8 milhões de ISS para São Paulo, 15% acima do volume gerado pelo evento em 2008. A projeção é do Observatório do Turismo, órgão vinculado à SPTuris. Em outubro, os cofres do município devem receber R$ 15 milhões em ISS, relativos aos serviços de turismo, hospedagem e eventos. Os gastos totais dos turistas nos três dias do GP Brasil deve movimentar R$ 260 milhões.


com JOANA CUNHA, MARINA GAZZONIe ANDRÉ LOBATO


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