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Mercado Aberto
MARIA CRISTINA FRIAS - cristina.frias@uol.com.br
Microempresa investe pouco para inovar
As necessidades de recursos
para inovação das micro e pequenas empresas brasileiras
estão muito distantes das linhas oferecidas para esse fim.
Enquanto as subvenções como as da Finep (Financiadora
de Estudos e Projetos) têm valor mínimo de R$ 100 mil, metade das MPEs (Micro e Pequenas Empresas) do país usa recursos inferiores a R$ 3.000 a
fim de implementar inovações
de processo, produtos ou expansão de mercado.
Esse é o resultado da pesquisa Inovação e Competitividade
nas MPEs Brasileiras, feita pelo
Sebrae-SP (Serviço Brasileiro
de apoio às Micro e Pequenas
Empresas de São Paulo) com
4.200 empresas.
"Os pequenos não precisam
de valores altos para inovar",
afirma Edson Fermann, gerente da Unidade de Acesso à Inovação e Tecnologia do Sebrae
nacional, a respeito das chamadas de subvenção.
Às MPEs, a entidade perguntou se fizeram inovação em
produto, processo ou serviço
entre outubro de 2007 e 2008.
Foram consideradas muito
inovadoras as que aprimoraram as três áreas, inovadoras as
que o fizeram em pelo menos
uma e não inovadoras as que
não apresentaram melhorias.
Com a pesquisa, vê-se que as
regiões Norte e Sul lideram alguns aspectos importantes da
inovação.
O Sul é a região em que o
cliente é mais ouvido: 40% das
inovações foram resultado da
demanda deles, ante 30% do
resto do país.
Já o Norte foi onde as pequenas mais lançaram produtos ou
serviços: 32% ante 24,5% das
demais regiões.
No quesito competitividade,
o monitoramento de fluxo de
caixa e o de mercado são os
acompanhamentos mais realizados pelas empresas de pequeno porte, em 83% e 82% delas, respectivamente.
Para Fermann, esse dois
itens são os primeiros passos
para inovação. "Não adianta
querer ser inovador e não monitorar fluxo de caixa e a concorrência", diz. Os próximos,
aponta, são o relacionamento
com funcionários, clientes e
fornecedores.
"Ninguém quer mais fazer
"achômetro", ouvir o cliente é
muito mais seguro. Isso foi
muito usado para controle de
qualidade e é a tendência para a
inovação", afirma Fermann.
TROCA DE FAMÍLIA
A multinacional alemã do setor químico Evonik
encontrou uma maneira original de integrar os seus
quadros em todo o mundo: banca programas de intercâmbio cultural para filhos ou, em alguns casos,
até sobrinhos de colaboradores, os quais podem ficar hospedados na casa de funcionários em outros
países. Na volta, eles trazem um adolescente estrangeiro para conhecer o Brasil também.
FEITO À MÃO
Cinco empresas brasileiras se reuniram para participar
da mostra Brasil é Cosi 2010, que apresentará na Itália
móveis de design brasileiro em evento paralelo ao Salão
Internacional do Móvel de Milão, realizado entre 14 e 19
de abril de 2010. Entre as participantes, estão a paulistana A Lot Of, sediada na alameda Gabriel Monteiro da Silva, e a catarinense Ore Brasil, que produz peças em bambu. Elas vão expor produtos com materiais exclusivos e
feitos de forma artesanal. O objetivo é fazer a pré-venda
para cerca de 700 arquitetos brasileiros que visitam o Salão e apresentar os produtos ao mercado internacional.
DEBATE
Para aprofundar o debate
sobre regulação do sistema
financeiro, a Febraban (Federação Brasileira de Bancos) traz Markus Brunnermeier, professor da Universidade Princeton, para participar do seu seminário
anual, em 13 de novembro.
Também fará palestra no
evento Daron Acemoglu, do
MIT (Massachusetts Institute of Technology), economista que já ganhou a medalha John Bates Clark, dada a
jovens prodígios da área.
CORRIDA
O GP Brasil de F-1 deve
trazer uma arrecadação de
R$ 2,8 milhões de ISS para
São Paulo, 15% acima do volume gerado pelo evento em
2008. A projeção é do Observatório do Turismo, órgão
vinculado à SPTuris. Em outubro, os cofres do município devem receber R$ 15 milhões em ISS, relativos aos
serviços de turismo, hospedagem e eventos. Os gastos
totais dos turistas nos três
dias do GP Brasil deve movimentar R$ 260 milhões.
com JOANA CUNHA, MARINA GAZZONIe ANDRÉ LOBATO
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