São Paulo, quarta-feira, 08 de julho de 2009

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Mercado de minério de ferro melhora, e Vale reabre unidades

Usina no ES e mina em MG, paradas desde a piora da crise, voltarão a operar nos próximos meses

PEDRO SOARES
DA SUCURSAL DO RIO

Aos poucos, a Vale começa a sentir a melhora dos mercados global e brasileiro de minério de ferro, o que fez a companhia decidir pela reabertura de uma mina em Minas Gerais e reativar uma usina de peletização (conversão de minério fino em pelotas) no Espírito Santo.
Paradas desde o agravamento da crise, no final de 2008, as unidades voltarão a operar nos próximos meses, segundo o presidente da Vale, Roger Agnelli. O executivo não fixou, porém, uma data. Indagado se já estariam funcionando até o final do ano, respondeu: "Certamente, muito antes disso. Já nos próximos meses."
Desde o fim de 2008, a Vale mantém fechadas cinco minas -cujo custo de produção é mais alto- e quatro peletizadoras. Agora, com a recuperação das vendas para a Europa, EUA e especialmente Brasil, a Vale decidiu retomar parcialmente essas unidades.
Na avaliação de Agnelli, o mercado já dá "sinais" de melhora, embora o ritmo de produção ainda esteja muito abaixo dos níveis anteriores ao estouro da crise.
O executivo recorda que, exceto na China, a indústria siderúrgica ainda opera com 50% de sua capacidade, o que mostra que a intensidade da atual crise é sem precedentes na história do setor.
Por conta da crise, a Vale já demitiu 1.900 empregados -1.300 em dezembro passado e mais 600 desde junho, quando venceu acordo de estabilidade fechado com os sindicatos no começo deste ano. A mineradora cortou ainda a produção em 10% -30 mil toneladas.
Apesar da nova rodada de cortes, Agnelli disse que não há estratégia de "demissões em massa". Os desligamentos recentes, afirma, fazem parte do dia a dia da companhia e incluem empregados aposentados e pessoas com desempenho abaixo do esperado.

Siderúrgica
A Vale decidiu ainda elevar sua participação no projeto da CSA (Companhia Siderúrgica do Atlântico), usina que deve começar a operar ano que vem no Rio. Agnelli disse que, diante da crise do setor, a Vale se dispôs a colocar mais recursos no empreendimento a fim de viabilizar sua inauguração ainda em 2010.


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