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País fica em 45º em ranking de banda larga
Levantamento feito com dados de 66 países mostra que conexão à internet no país está abaixo das necessidades atuais
Segundo estudo, apenas nove países estão "prontos para o amanhã" da internet, que deverá ter telepresença e TV em alta definição
DA REDAÇÃO
A conexão de banda larga
brasileira está abaixo das necessidades da internet atual, de
acordo com estudo das universidades de Oxford (Inglaterra)
e Oviedo (Espanha) e da Cisco.
O Brasil aparece na 45ª posição do ranking, que avalia as redes de 66 países, - à frente de
seus pares latino-americanos
México (56º) e Argentina (47ª),
mas atrás dos Brics Rússia (18ª)
e China (43ª). A lista é encabeçada pela Coreia do Sul, que em
um ano registrou um crescimento de 72% na velocidade
média de sua conexão.
O levantamento constatou
que, em 62 dos 66 países analisados, a qualidade da conexão
melhorou entre 2008 e 2009 e
que a velocidade média de
transferência de dados no
mundo aumentou 49% em um
ano, atingindo 4.75 Mbps (a
maior parte das conexões residenciais no Brasil está na faixa
de 512 Kbps a 2 Mbps).
Para compor o ranking, o estudo divide os países analisados
em grupos. O Brasil, que ocupou a 46ª posição em 2008, integra o pelotão das conexões
consideradas "abaixo das necessidades atuais", demandas
que passam pelo uso de redes
sociais, o acesso a vídeos de baixa definição em tempo real e o
compartilhamento de arquivos
pequenos, como fotos e músicas. A trupe dos insatisfeitos
virtuais é composta ainda por
Argentina, México e África do
Sul, entre outros 19 países.
Prontos para o amanhã
O topo da lista é integrado
pelas nações consideradas
"prontas para o amanhã" cibernético, o que, de acordo com o
estudo, incluirá, dentro de três
a cinco anos, a utilização de
aplicativos de alta tecnologia,
como TV e teleconferências em
alta definição e a transferência
de arquivos pesados.
Apenas nove países já têm redes capazes de suportar essas
operações, todos eles na Europa ou na Ásia: Coreia, Japão,
Suécia, Lituânia, Bulgária, Letônia, Holanda, Dinamarca e
Romênia.
Em seguida, vêm as redes que
operam com capacidade igual
ou superior à necessária para
dar conta das demandas da internet de hoje. A categoria, que
engloba EUA, Austrália, Canadá e praticamente todos os países europeus restantes, não inclui nenhum latino-americano.
A lanterna da velocidade de
transmissão de dados é dominada pelos africanos. Egito, Nigéria e Quênia, ao lado da Índia,
têm conexões consideradas
muito abaixo das necessárias.
Interior desplugado
O estudo também verificou
diferenças consideráveis na velocidade da banda larga entre
as principais cidades de cada
nação e o resto do território.
O Leste Europeu domina esse quesito, com Lituânia e Rússia registrando as maiores desigualdades.
"O estudo dá evidências do
fosso existente entre as metrópoles e o campo. O desafio que
os países enfrentam é de acabar
com essa disparidade", diz Maria Rosalía Vicente, professor
da Universidade de Oviedo, citado pelo estudo.
Há, no entanto, os insólitos
casos de países como Suécia e
Islândia, nos quais as cidades
menores desfrutam de conexões até mesmo superiores às
das principais metrópoles.
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