São Paulo, domingo, 17 de maio de 2009

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Etiqueta vale para fumantes e para os não fumantes

DA REPORTAGEM LOCAL

Entre fumantes inconvenientes e não fumantes implicantes, a guerra da fumaça costuma esquentar em tempos de proibições ao cigarro. Para consultores de etiqueta, a cautela é recomendável para os dois lados da discussão.
"Como a ciência mostrou que fumar faz mal para todo mundo, quem não fuma está com a bola no pé. Mas não se pode exagerar. Os fumantes estão acovardados, de tanta paulada que levam", orienta a consultora Glória Kalil.
"Em Nova York [onde o cigarro foi banido de ambientes fechados em 2003], as pessoas olham feio para os fumantes até na rua. Agora, eles só fumam em rodinhas, como se fossem junkies [drogados]."
O consultor Fábio Arruda recomenda tolerância com o fumo em mesas de restaurante dispostas na calçada, onde o cigarro continuará permitido. "Só faltava não poderem fumar na rua. É muito chato ficar forçando a tosse", diz.
Aos anfitriões, também se recomenda paciência. "Não gosta que fumem na sua casa? Então não dê festas", diz Arruda. "O fumante é dependente químico. Será mesmo que a fumaça incomodará tanto? Se a casa não é um cubículo, em geral é possível indicar um local para fumar, como na janela", diz a especialista Claudia Matarazzo, chefe do cerimonial do Palácio dos Bandeirantes.
No carro alheio, a situação é outra. "Aí é mais complicado, mas, se for numa viagem longa, em que o cigarro faça muita falta, também acho que vale perguntar se incomoda. Mas nos táxis e em outros lugares onde o cigarro é proibido, não tem jeito", diz Claudia.
Fábio Arruda e Gloria Kalil pensam diferente: pegou carona, esqueça o cigarro.


Texto Anterior: Frase
Próximo Texto: Gilberto Dimenstein: O protesto da privada inteligente
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.