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Etiqueta vale para fumantes e para os não fumantes
DA REPORTAGEM LOCAL
Entre fumantes inconvenientes e não fumantes implicantes, a guerra da fumaça costuma esquentar em tempos de
proibições ao cigarro. Para consultores de etiqueta, a cautela é
recomendável para os dois lados da discussão.
"Como a ciência mostrou que
fumar faz mal para todo mundo, quem não fuma está com a
bola no pé. Mas não se pode
exagerar. Os fumantes estão
acovardados, de tanta paulada
que levam", orienta a consultora Glória Kalil.
"Em Nova York [onde o cigarro foi banido de ambientes
fechados em 2003], as pessoas
olham feio para os fumantes
até na rua. Agora, eles só fumam em rodinhas, como se fossem junkies [drogados]."
O consultor Fábio Arruda recomenda tolerância com o fumo em mesas de restaurante
dispostas na calçada, onde o cigarro continuará permitido.
"Só faltava não poderem fumar
na rua. É muito chato ficar forçando a tosse", diz.
Aos anfitriões, também se recomenda paciência. "Não gosta
que fumem na sua casa? Então
não dê festas", diz Arruda. "O
fumante é dependente químico. Será mesmo que a fumaça
incomodará tanto? Se a casa
não é um cubículo, em geral é
possível indicar um local para
fumar, como na janela", diz a
especialista Claudia Matarazzo, chefe do cerimonial do Palácio dos Bandeirantes.
No carro alheio, a situação é
outra. "Aí é mais complicado,
mas, se for numa viagem longa,
em que o cigarro faça muita falta, também acho que vale perguntar se incomoda. Mas nos
táxis e em outros lugares onde
o cigarro é proibido, não tem
jeito", diz Claudia.
Fábio Arruda e Gloria Kalil
pensam diferente: pegou carona, esqueça o cigarro.
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