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Rio "perde" minhocão e vira o símbolo da revitalização
DO ENVIADO A SEUL
O símbolo da reviravolta de
Seul é o rio Cheonggye, "inaugurado" em 2006. Ele foi canalizado nos anos 60 para ser coberto por um elevado de 6 km, o
dobro do Minhocão paulistano.
Com o viaduto, o centro histórico começou a se deteriorar
nas décadas seguintes.
Em 2003, o então prefeito,
Lee Myung-bak, hoje presidente da Coreia do Sul, decidiu demoli-lo e ressuscitar o rio. Derrubou o elevado em seis meses,
reaproveitando 95% de concreto, asfalto e ferro.
"Fizemos campanha para reduzir o número de carros no
centro [passou de 1,56 milhão
diários em 2003 para 1,27 milhão em 2007], criamos 18 corredores de ônibus na região e
várias ruas passaram a ter mão
única", diz Sung-il Jo, ex-secretário de Planejamento de Seul e
hoje assessor do presidente.
Hoje, há calçadões às margens do rio, frequentado por 80
mil pessoas por dia. Há festivais
de lanternas e shows.
A empreitada custou US$
380 milhões (os 8,7 km do antigo Fura-Fila consumiram R$
950 milhões até agora).
(RJL)
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