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Fotos de bebê são achadas junto ao sítio de Bruno
Reportagem da Folha encontra
álbum queimado a 3 metros do local
HUDSON CORRÊA
MASTRANGELO REINO
ENVIADOS A ESMERALDAS (MG)
A menos de três metros da
cerca do sítio do goleiro Bruno Fernandes, em Esmeraldas (região metropolitana de
Belo Horizonte), a Folha encontrou, no começo da tarde
de ontem, um álbum de plástico transparente com nove
fotos de um bebê quase totalmente queimadas.
Em três dessas fotografias,
o rosto do bebê é nítido-nas
outras, só o corpo.
A comparação com fotos
do filho de cinco meses de
Eliza Samudio -ex-amante
de Bruno que está deseparecida desde o início de julho-
mostra traços semelhantes.
Eliza insistia para que o
atleta fizesse um exame de
DNA, para estabelecer a paternidade da criança.
O álbum encontrado pela
Folha será entregue à Polícia
Civil de Minas Gerais, que investiga o caso.
As fotos estavam em meio
ao mato próximo à cerca do
sítio, do lado de fora da residência. O odor de queimado
no papel ainda é presente.
Não há grandes barreiras
para o acesso até ali, a partir
de uma trilha no meio do
mato.
Já o sítio é isolado por uma
cerca e, por ela, é possível
ver, entre um monte lixo
queimado, várias fraldas
descartáveis e algumas embalagens de alimento infantil, como uma lata de leite em
pó próprio para bebês.
Isso reforça a tese de que a
criança ficou por lá.
De acordo com depoimentos prestados à polícia, Eliza
e o bebê foram levados ao sítio no início de junho, depois
de serem sequestradas no
Rio pelo amigo de Bruno,
Luiz Henrique Romão, o Macarrão, e por um menor, primo do goleiro.
POLÍCIA FEZ BUSCAS
A polícia realizou buscas
no sítio após o sumiço de Eliza, em busca de indícios de
sua passagem pelo local e de
vestígios que pudessem confirmar sua morte.
No sítio, segundo denúncia anônima recebida pela
polícia de Minas Gerais, teria
sido queimada uma mala
vermelha pertencente a Eliza
depois de seu assassinato.
A polícia ainda procura o
corpo de Eliza. Após seu desaparecimento, o bebê foi encontrado em um bairro na região de Belo Horizonte. Ele
está sob guarda da mãe de
Eliza, Sônia de Fátima da Silva de Moura, 44.
DEFESA PARALELA
O advogado Ércio Quaresma, que representa seis dos
nove suspeitos do caso, entre
eles Bruno, diz que estuda
montar uma investigação
técnica paralela à da polícia
de MG, que investiga o caso.
Ele deverá contratar um legista.
Colaborou PAULO PEIXOTO, de BH
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