São Paulo, domingo, 11 de julho de 2010

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Fotos de bebê são achadas junto ao sítio de Bruno

Reportagem da Folha encontra álbum queimado a 3 metros do local

HUDSON CORRÊA
MASTRANGELO REINO

ENVIADOS A ESMERALDAS (MG)

A menos de três metros da cerca do sítio do goleiro Bruno Fernandes, em Esmeraldas (região metropolitana de Belo Horizonte), a Folha encontrou, no começo da tarde de ontem, um álbum de plástico transparente com nove fotos de um bebê quase totalmente queimadas. Em três dessas fotografias, o rosto do bebê é nítido-nas outras, só o corpo.
A comparação com fotos do filho de cinco meses de Eliza Samudio -ex-amante de Bruno que está deseparecida desde o início de julho- mostra traços semelhantes. Eliza insistia para que o atleta fizesse um exame de DNA, para estabelecer a paternidade da criança.
O álbum encontrado pela Folha será entregue à Polícia Civil de Minas Gerais, que investiga o caso. As fotos estavam em meio ao mato próximo à cerca do sítio, do lado de fora da residência. O odor de queimado no papel ainda é presente.
Não há grandes barreiras para o acesso até ali, a partir de uma trilha no meio do mato.
Já o sítio é isolado por uma cerca e, por ela, é possível ver, entre um monte lixo queimado, várias fraldas descartáveis e algumas embalagens de alimento infantil, como uma lata de leite em pó próprio para bebês.
Isso reforça a tese de que a criança ficou por lá. De acordo com depoimentos prestados à polícia, Eliza e o bebê foram levados ao sítio no início de junho, depois de serem sequestradas no Rio pelo amigo de Bruno, Luiz Henrique Romão, o Macarrão, e por um menor, primo do goleiro.

POLÍCIA FEZ BUSCAS
A polícia realizou buscas no sítio após o sumiço de Eliza, em busca de indícios de sua passagem pelo local e de vestígios que pudessem confirmar sua morte. No sítio, segundo denúncia anônima recebida pela polícia de Minas Gerais, teria sido queimada uma mala vermelha pertencente a Eliza depois de seu assassinato.
A polícia ainda procura o corpo de Eliza. Após seu desaparecimento, o bebê foi encontrado em um bairro na região de Belo Horizonte. Ele está sob guarda da mãe de Eliza, Sônia de Fátima da Silva de Moura, 44.

DEFESA PARALELA
O advogado Ércio Quaresma, que representa seis dos nove suspeitos do caso, entre eles Bruno, diz que estuda montar uma investigação técnica paralela à da polícia de MG, que investiga o caso. Ele deverá contratar um legista.

Colaborou PAULO PEIXOTO, de BH



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