São Paulo, sábado, 27 de setembro de 2008

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Pastor diz que teve "sorte" ao resistir à tortura

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O reverendo norte-americano Frederick Birten Morris, 74, foi um dos anistiados presentes na sessão de ontem da Comissão de Anistia, na sede da CNBB (Confederação Nacional dos Bispos do Brasil). Conhecido como pastor Fred, foi preso em Recife em setembro de 1974, durante a ditadura militar.
Morris, que representava a Igreja Metodista no Brasil naquela época, afirmou que nunca integrou nenhuma organização, mas disse que ajudava jovens de vários grupos esquerdistas.
"Fui seqüestrado, quando saía de casa, por 12 homens armados. Estou vivo por sorte", falou o reverendo, indenizado com R$ 285 mil, mais o direito da pensão vitalícia no valor de R$ 2.000. Ele disse que foi torturado com pancadas e choques elétricos por quatro dias seguidos.
Após a prisão, que durou 17 dias, Morris foi expulso do Brasil por decreto do então presidente Ernesto Geisel, que só foi revogado em 1988.
(LF)


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