São Paulo, sábado, 09 de janeiro de 2010 |
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Painel SILVIO NAVARRO (interino) - painel@uol.com.br Prefácio
A despeito da comissão da verdade, que desagradou
aos militares, o terceiro Programa Nacional de Direitos Humanos, criticado por setores do governo, pela
Igreja e tratado como peça de esquerda, aborda os
mesmos "temas tabus" da versão anterior, assinada
por Fernando Henrique Cardoso em maio de 2002. Carimbado. Alvo da polêmica, o decreto que dá aval à terceira fase do Programa de Direitos Humanos leva a assinatura de Lula, 26 ministros e dois secretários-executivos. Distância. Já Franklin Martins (Comunicação Social), que participou das discussões sobre o programa, pediu para que seu nome não constasse da lista. Argumentou que a proposta precisava ser "amadurecida". Recado. No site da Secretaria de Direitos Humanos, o ministro Paulo Vanucchi (Direitos Humanos) diz que uma redação inicial foi exposta "durante meses" na internet para suscitar "aperfeiçoamentos e novas sugestões". Padrinhos. Em 21 de dezembro, quando o decreto foi assinado, Vanucchi afirmou que se tratava de uma "realização concreta e uma prova inquestionável de engajamento completo do governo". Teclado. Nelson Jobim (Justiça) e Vanucchi debateram via e-mail as divergências sobre o texto nas semanas que antecederam a cerimônia de assinatura do decreto. Ambos estavam viajando na época. Direito cigano. No capítulo em que fala do acesso à moradia para a população de baixa renda e grupos vulnerabilizados, o texto determina a garantia de "realização de acampamentos ciganos em todo o território nacional" para preservar tradições. Geni. Durval Barbosa, o gravador-geral do mensalão candango, já enfrenta 13 processos, a maioria de quem se sentiu ofendido pelas revelações. Mas a lista não inclui o governador José Roberto Arruda nem o vice Paulo Octávio. Na área. Apontado por Durval Barbosa como um dos arrecadadores do mensalão, Fábio Simão, ex-chefe de gabinete de Arruda, tem sido visto com frequência na sede do governo do Distrito Federal. Segundo a Polícia Federal, o dinheiro de propina foi achado na antiga sala dele. Caso antigo. Não é de hoje que o PT tem uma queda pelos Rafale. Quando a compra de caças esteve em pauta no governo FHC, deputados do partido com trânsito no Planalto fizeram o possível para tentar interceder em favor da empresa francesa Dassault. Bazar. O Senado editou uma portaria suspendendo o fornecimento de papel "de todos os tipos e tamanhos e demais materiais de expediente às unidades parlamentares e administrativas" da Casa até o dia 31. Motivo: apesar do recesso legislativo, janeiro, o mês do material escolar, era também o mês de recorde de gastos com papelaria na Casa. Cifras. Na disputa para tentar viabilizar seu nome no PT para concorrer ao governo de Minas, o ministro Patrus Ananias (Desenvolvimento Social) foi um dos campeões na execução orçamentária na Esplanada -96,5%. No ar. Bombardeado por não permitir comentários de internautas, o Blog do Planalto comemora ter sido acessado em 104 países desde sua criação, em 31 de agosto.
Tiroteio Do deputado ANTONIO CARLOS PANNUNZIO (PSDB-SP), sobre a preferência do governo pelos caças franceses a despeito do relatório da Aeronáutica favorável ao concorrente sueco. Contraponto Trava língua
Ao lado do presidente Lula para inaugurar obras do
PAC em dezembro, o ministro Márcio Fortes (Cidades)
tentava, com sérias dificuldades, defender a "balneabilização das praias brasileiras" num discurso no Maranhão. |
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