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Senado gasta R$ 50 mi por ano com saúde
Valor médio de despesa médico-hospitalar, do período de 2006 a 2008, equivale a 42% dos gastos totais
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O Senado gastou entre 2006
e 2008 uma média de R$ 50 milhões por ano com atendimento médico-hospitalar, mostram
dados oficiais divulgados pela
primeira vez pela Casa. O valor
representa 42% de todos os pagamentos feitos a empresas no
período, sendo hoje o maior peso no orçamento.
O Senado paga as despesas de
senadores, ex-senadores, servidores ativos e inativos, além de
seus dependentes. A cobertura
abrange cerca de 23 mil pessoas, quase todas vivendo na
capital federal. Foram gastos
em média R$ 2.200 por ano para cada servidor.
A média anual de gastos, de
R$ 50 milhões, equivale aos recursos necessários para manter
um hospital de médio porte.
Administrado pela União, o
Hospital de Ipanema, no Rio,
por exemplo, custa R$ 39 milhões por ano. A unidade atende a 300 pessoas por dia.
A rede de médicos e hospitais
à disposição dos servidores é
conhecida em Brasília como
sendo melhor que a dos demais
planos de saúde. Eles também
pagam mensalidades, em média, mais baixas -parte dos
custos é subsidiado. Um funcionário com um dependente
gasta cerca de R$ 250 por mês.
Senadores e dependentes
não estão presos a um plano:
podem escolher onde se tratar,
e têm as despesas restituídas
integralmente, sem limite de
valor. Ex-senadores têm limite
de gasto anual de R$ 32.954.
Hospitais, laboratórios e
consultórios de especialidades
tradicionais são os principais
clientes do Senado. Mas há gastos com terapias alternativas,
entre eles R$ 150 mil em sessões de acupuntura.
O hospital Santa Lúcia,
maior unidade privada de Brasília, lidera a lista de pagamentos, com R$ 22,5 milhões nos
três anos. Grande parte dos lucros da unidade vem do atendimento a servidores públicos.
Segundo levantamento feito
pela Folha na base de dados
disponibilizada, o Senado gastou R$ 46 milhões só com pagamentos a hospitais. Também
foram gastos R$ 12 milhões
com exames laboratoriais.
Entre as especialidades mais
utilizadas estão neurologia (R$
8,4 milhões), oftalmologia (R$
7,5 milhões), oncologia (R$ 7
milhões), ortopedia (R$ 7 milhões), ortopedia (R$ 2 milhões), odontologia (R$ 1 milhão) e psicologia (R$ 730 mil).
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