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Teatro
Eles têm alma
Bonecos ganham vida nas mãos de artistas da França, do Peru, da Bélgica e do Brasil
GABRIELA ROMEU
ENVIADA ESPECIAL A CANELA (RS)
Durante quatro dias no
ano, bonecos de tudo quanto é tamanho, colorido e
procedência viajam até a cidade de Canela, no Rio
Grande do Sul. É uma festa
só. Ou melhor, é um festival.
Ali, no Festival Internacional de Teatro de Bonecos, nabo é transformado
num homenzinho de vasta
cabeleira, sombras revelam
segredos, e bonequeiros
contam histórias também
para adultos -conheça na
página à direita alguns trabalhos dos participantes.
Tem de tudo um pouco.
"Tentamos mesclar as técnicas para que o público tenha uma boa idéia do teatro
de bonecos", diz Marina Gil,
diretora do festival, que já
acontece há 19 anos.
Desfile
A festa tem até desfile, que
parte da catedral e vai até a
praça. É o dia mais legal: as
crianças carregam seus fantoches, os bonequeiros
mostram suas criaturas, e
alguns bonecos chamam a
atenção de todo o público.
Um desses era manipulado por Aleph Bernardo, 8,
de uma família de bonequeiros de Santa Catarina
-na casa dele, toda noite
boneco conta história. Com
uma espécie de capacete na
cabeça, o menino movimentava direitinho a criatura feita por ele mesmo.
Mais adiante, uns gigantes congestionam a multidão, mas ninguém tem
pressa. Aí dá até para puxar
conversa com o boneco do
lado. A pequena Fernanda
Teixeira Farias, 3, pergunta
ao rei: "Cadê a Rapunzel?" E
ele responde, é claro: "Ah,
ela ficou no castelo!"
A jornalista viajou a convite do Festival Internacional de Teatro de Bonecos de Canela.
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