São Paulo, sábado, 23 de junho de 2007

Teatro

Eles têm alma

Bonecos ganham vida nas mãos de artistas da França, do Peru, da Bélgica e do Brasil

GABRIELA ROMEU
ENVIADA ESPECIAL A CANELA (RS)

Durante quatro dias no ano, bonecos de tudo quanto é tamanho, colorido e procedência viajam até a cidade de Canela, no Rio Grande do Sul. É uma festa só. Ou melhor, é um festival.
Ali, no Festival Internacional de Teatro de Bonecos, nabo é transformado num homenzinho de vasta cabeleira, sombras revelam segredos, e bonequeiros contam histórias também para adultos -conheça na página à direita alguns trabalhos dos participantes.
Tem de tudo um pouco. "Tentamos mesclar as técnicas para que o público tenha uma boa idéia do teatro de bonecos", diz Marina Gil, diretora do festival, que já acontece há 19 anos.
Desfile A festa tem até desfile, que parte da catedral e vai até a praça. É o dia mais legal: as crianças carregam seus fantoches, os bonequeiros mostram suas criaturas, e alguns bonecos chamam a atenção de todo o público.
Um desses era manipulado por Aleph Bernardo, 8, de uma família de bonequeiros de Santa Catarina -na casa dele, toda noite boneco conta história. Com uma espécie de capacete na cabeça, o menino movimentava direitinho a criatura feita por ele mesmo.
Mais adiante, uns gigantes congestionam a multidão, mas ninguém tem pressa. Aí dá até para puxar conversa com o boneco do lado. A pequena Fernanda Teixeira Farias, 3, pergunta ao rei: "Cadê a Rapunzel?" E ele responde, é claro: "Ah, ela ficou no castelo!"


A jornalista viajou a convite do Festival Internacional de Teatro de Bonecos de Canela.

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