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Jogo
O time dos botões
Não tem correria no campo, mas dá para praticar o drible no futebol de mesa
Patricia Stavis/Folha Imagem
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Os amigos Francisco, Caíque e Pedro jogam partida de futebol de mesa
CLARICE CARDOSO
RICARDO VIEL
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Ele dá um peteleco na
bola, prepara o goleiro,
abaixa-se, fecha um olho,
mira e... gol! A cena pode
até parecer maluca num
campo de verdade, mas
faz sentido em cima de
uma mesa, num jogo de
futebol de botão.
Pelo menos foi essa a
técnica que Michel Joelsas, 12, usou para marcar
os gols de Mauro, personagem de "O Ano em que
Meus Pais Saíram de Férias", filme escolhido pelo Brasil para concorrer a
uma vaga no Oscar.
O Michel até jogava de
brincadeira em casa, mas
foi um desafio reproduzir
as jogadas na telona. "Durante as filmagens, a
equipe me dava alguns toques", conta o garoto.
E uma dica valiosa veio
quando ele tinha que fazer um gol logo no começo do filme. "Às vezes, eu
errava e não sabia o que
fazer. Aí fiz uns cálculos,
risquei o campo e deu tudo certo." Conheça outras dele à direita.
Michel diz que é melhor
no futebol de verdade.
"Mas gosto de jogos que
não são tão modernos,
sem ser videogame e
computador. Mais antigos, digamos."
Trio dos botões
Pedro Duarte de Souza,
8, também é do time dos
botões. Tanto que alguns
de seus jogadores são antigos mesmo: os botões da
Suécia, da Holanda, do
Brasil e do Peru, da década de 1970, foram comprados pelo avô e já foram do tio Alec.
É com esses "experientes"
jogadores que enfrenta os botões novinhos
do Chelsea comprados pelo amigo Francisco Musatti,
8, que repete a cada jogada:
"Chelsea, o melhor time do mundo!"
Caíque Cober, 8, amigo de Pedro e Francisco, foi o juiz da partida
e até se arriscou a bancar
o narrador: "Tocou a bola, chutou... pra foooora".
Às vezes, os três se reúnem e fazem campeonatos. "Acho mais legal que
jogar videogame", diz Francisco. Pedro não
tem tanta certeza. "Meu Playstation é sagrado.
Mas jogar botão é legal também", completa.
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