São Paulo, sábado, 20 de outubro de 2007

Jogo

O time dos botões

Não tem correria no campo, mas dá para praticar o drible no futebol de mesa

Patricia Stavis/Folha Imagem
Os amigos Francisco, Caíque e Pedro jogam partida de futebol de mesa

CLARICE CARDOSO
RICARDO VIEL
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Ele dá um peteleco na bola, prepara o goleiro, abaixa-se, fecha um olho, mira e... gol! A cena pode até parecer maluca num campo de verdade, mas faz sentido em cima de uma mesa, num jogo de futebol de botão.
Pelo menos foi essa a técnica que Michel Joelsas, 12, usou para marcar os gols de Mauro, personagem de "O Ano em que Meus Pais Saíram de Férias", filme escolhido pelo Brasil para concorrer a uma vaga no Oscar.
O Michel até jogava de brincadeira em casa, mas foi um desafio reproduzir as jogadas na telona. "Durante as filmagens, a equipe me dava alguns toques", conta o garoto.
E uma dica valiosa veio quando ele tinha que fazer um gol logo no começo do filme. "Às vezes, eu errava e não sabia o que fazer. Aí fiz uns cálculos, risquei o campo e deu tudo certo." Conheça outras dele à direita.
Michel diz que é melhor no futebol de verdade. "Mas gosto de jogos que não são tão modernos, sem ser videogame e computador. Mais antigos, digamos."

Trio dos botões
Pedro Duarte de Souza, 8, também é do time dos botões. Tanto que alguns de seus jogadores são antigos mesmo: os botões da Suécia, da Holanda, do Brasil e do Peru, da década de 1970, foram comprados pelo avô e já foram do tio Alec.
É com esses "experientes" jogadores que enfrenta os botões novinhos do Chelsea comprados pelo amigo Francisco Musatti, 8, que repete a cada jogada: "Chelsea, o melhor time do mundo!"
Caíque Cober, 8, amigo de Pedro e Francisco, foi o juiz da partida e até se arriscou a bancar o narrador: "Tocou a bola, chutou... pra foooora".
Às vezes, os três se reúnem e fazem campeonatos. "Acho mais legal que jogar videogame", diz Francisco. Pedro não tem tanta certeza. "Meu Playstation é sagrado. Mas jogar botão é legal também", completa.

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