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Fazendo as contas
CLARICE CARDOSO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
No final do ano, as contas invadem as aulas de
ciências, inglês, geografia e história... É que, depois das últimas provas,
muita gente sai fazendo
somas para ver se escapou da recuperação.
Foi assim que Paulo
Agladio Celestino, 11,
descobriu que estava em
recuperação em português. "Eu já sabia porque tinha somado as notas das provas."
E o pior, reclama Isabelle Cristine Correia,
11, é que as férias ficam
mais longe ainda. "Às
vezes, tinha um monte
de gente brincando, e eu
tinha que estudar", conta a menina, que se
enroscou com o inglês.
João Felipe Miguel
Gonçalves, 11, que ficou
em português, concorda: "É muito chato. A
gente fica com vontade
de brincar e não pode
porque tem aula."
Outra garota que ficou
um pouco chateada foi
Karoline Silva, 12. Ela
mudou de uma escola
estadual para outra particular e acabou em recuperação durante o
ano. Mas essa experiência teve suas compensações: "Eu aprendi muito
mais na recuperação".
A situação também foi
boa para Larissa Brunetti, 11. "Tinha vergonha de perguntar e tirarem algum sarro de
mim. Mas lá eu sei que
aquelas pessoas também não aprenderam
tudo, como eu", diz.
Hora de estudar!
Para fugir da recuperação no final do ano, Matheus Barbour, 12, fez aulas particulares. "Aprendi o que me ensinaram na
escola de um jeito mais
bem explicado."
Beatriz Blandy, 12,
também mudou o jeito de
estudar depois de ficar
em matemática e em português. "Antes, só lia o livro. Agora, faço um resumo. Assim, eu aprendo
com minhas próprias palavras. Eu ensino para
mim mesma."
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