São Paulo, sábado, 15 de dezembro de 2007

Fazendo as contas

CLARICE CARDOSO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

No final do ano, as contas invadem as aulas de ciências, inglês, geografia e história... É que, depois das últimas provas, muita gente sai fazendo somas para ver se escapou da recuperação.
Foi assim que Paulo Agladio Celestino, 11, descobriu que estava em recuperação em português. "Eu já sabia porque tinha somado as notas das provas."
E o pior, reclama Isabelle Cristine Correia, 11, é que as férias ficam mais longe ainda. "Às vezes, tinha um monte de gente brincando, e eu tinha que estudar", conta a menina, que se enroscou com o inglês.
João Felipe Miguel Gonçalves, 11, que ficou em português, concorda: "É muito chato. A gente fica com vontade de brincar e não pode porque tem aula."
Outra garota que ficou um pouco chateada foi Karoline Silva, 12. Ela mudou de uma escola estadual para outra particular e acabou em recuperação durante o ano. Mas essa experiência teve suas compensações: "Eu aprendi muito mais na recuperação".
A situação também foi boa para Larissa Brunetti, 11. "Tinha vergonha de perguntar e tirarem algum sarro de mim. Mas lá eu sei que aquelas pessoas também não aprenderam tudo, como eu", diz.
Hora de estudar! Para fugir da recuperação no final do ano, Matheus Barbour, 12, fez aulas particulares. "Aprendi o que me ensinaram na escola de um jeito mais bem explicado."
Beatriz Blandy, 12, também mudou o jeito de estudar depois de ficar em matemática e em português. "Antes, só lia o livro. Agora, faço um resumo. Assim, eu aprendo com minhas próprias palavras. Eu ensino para mim mesma."

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