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Religiosos dizem que revolução no mundo árabe é benéfica
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RODRIGO VIZEU
DE SÃO PAULO
Religiosos de confissão muçulmana e judaica disseram considerar positiva a onda de protestos e revoltas nos países do Oriente Médio e do norte da África.
O rabino Michel Schlesinger, da Congregação Israelita Paulista, e o xeque Abdel Hamid Mohamed Mohamed Aly Metwally, da Mesquita Brasil, participam da festa de 90 anos da Folha, na Sala São Paulo (bairro da Luz, região central de São Paulo).
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"São revoluções benéficas e saudáveis porque realmente saíram para pregar o bem e proibir o mal. São direitos legítimos dos povos. Houve uma defasagem muito grande entre o governo e povo. O governo está remando para um lado e o povo, para outro", disse Metwally.
O muçulmano disse prever que a democracia prevaleça nesses países porque as revoluções aconteceram em nome da segurança nacional e social e, segundo ele, isso não seria possível sem o regime democrático.
O xeque afirmou que a religião será "fundamental" nos países que passaram por revoltas. "Essas revoltas brotaram realmente da própria religião, que prega o bom caráter, a liberdade, a liberdade de expressão", disse.
O rabino disse ver as revoltas como uma "oportunidade" de que esses países desenvolvam a democracia, mas disse considerar "preocupante" o vácuo de poder criado após a queda de ditadores.
"Eu rezo que esse vácuo não seja preenchido por vozes extremistas, fundamentalistas, que é tudo que nós não precisamos no Oriente Médio. Eu rezo que a ditadura seja sucedida pela democracia. Eu acredito que essa população que teve tanta coragem de enfrentar essas ditaduras não vai se contentar com uma nova ditadura, seja ela religiosa ou não."
Caio Guatelli/Folhapress | ||
Líderes religiosos na comemoração dos 90 anos da Folha, na Sala São Paulo |
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