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Palestinos acusam Israel atacar local próximo a casa de premiê
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da Folha Online
Um avião israelense lançou um míssil contra uma região próxima à casa do premiê palestino, Ismail Haniyeh, na noite desta quinta-feira, informaram oficiais de segurança na faixa de Gaza. A casa de Haniyeh fica localizada perto da Cidade de Gaza, na região do campo de refugiados de Shati.
Israel negou que a casa do premiê tenha sido o alvo do ataque. "Fizemos um ataque aéreo contra uma estrutura usada pelo Hamas em Shati. A casa de Haniyeh definitivamente não era nosso alvo", afirmou uma porta-voz do Exército.
Adel Hana/AP |
Cercado por seguranças, Haniyeh visita região de ataque israelense |
Moradores locais afirmaram que o míssil atingiu uma tenda usada por membros do Hamas para guardar uma rua que leva até a casa do premiê. Uma pessoa ficou ferida, segundo testemunhas.
Nos últimos dias, altos oficiais israelenses, incluindo o ministro da Defesa, Amir Peretz, afirmaram que os ataques aéreos do país poderão atingir líderes políticos do movimento radical islâmico Hamas, do qual Haniyeh faz parte. "Não importa se a pessoa lançou um foguete ou é um líder político. Ninguém está imune", afirmou o vice-ministro da Defesa, Ephraim Sneh.
Os recentes confrontos na faixa de Gaza romperam uma trégua em vigor desde novembro de 2006. Israel começou a responder na última semana ao lançamento de foguetes palestinos contra seu território com ataques aéreos. Mais de 40 palestinos já morreram nos ataques.
Para evitar se tornarem alvos de ataques aéreos, líderes do Hamas em Gaza tomaram precauções como desligar os celulares e permanecer em locais fechados.
Em Gaza, o porta-voz do Hamas, Sami Abu Zuhri, disse na última terça-feira (22) que o grupo responderá ataques contra seus líderes. "Machucar (...) qualquer líder do Hamas custaria muito caro à ocupação", disse ele. "Isso acarretará respostas", acrescentou, sem fornecer detalhes.
Detenções
Como parte das operação contra o Hamas, Israel deteve durante esta quinta-feira 33 membros do grupo, inclusive o ministro da Educação palestino, Naser al Shaer.
Hatem Moussa/AP |
Palestinos observam destruição após ataque israelense na Cidade de Gaza hoje |
A detenção foi feita por tropas israelenses que entraram em Nablus, na Cisjordânia.
O Exército de Israel divulgou as 33 prisões "para questionamento" em um comunicado. Entre os detidos estão também três legisladores do Hamas, o prefeito e o vice-prefeito de Nablus e outros membros do Hamas de cidades vizinhas.
O porta-voz do governo palestino, Ghazi Hamad, disse que as detenções simbolizam a "escala da arrogância de Israel" e pediu a libertação imediata dos detidos.
"Por meio desta agressão, o governo israelense mais uma vez leva a região a um ciclo de violência, e assume a responsabilidade pelas conseqüências de suas ações", disse o Hamas.
O Exército de Israel afirmou em um comunicado: "A organização terrorista Hamas está envolvida com a infra-estrutura do terror na Cisjordânia, baseada no mesmo modelo usado na faixa de Gaza. A organização explora as instituições do governo para encorajar e apoiar atividades terroristas".
Mais ataques aéreos
Nesta quinta-feira, um palestino morreu após ser atingido por disparos de um tanque israelense em Beit Lahiya, no norte de Gaza, segundo fontes médicas. Uma palestina também morreu hoje depois de ser ferida em um ataque israelense há uma semana. Ela estava sendo tratada em Israel.
Ontem, mísseis israelenses destruíram duas casas de câmbio na Cidade de Gaza que, segundo o Exército de Israel, eram utilizadas para levantar fundos para o Hamas.
De acordo com o Exército, milhões de dólares que eram arrecadados nas lojas eram enviados o Irã, à Síria e ao Líbano. Três pessoa ficaram levemente feridas nos ataques.
Quatro lojas próximas ficaram danificadas. A eletricidade foi cortada em parte da cidade.
Tentativa de trégua
Em uma renovada tentativa para acalmar os conflitos, o presidente da Autoridade Nacional Palestina, Mahmoud Abbas, afirmou hoje que está em contato com as facções palestinas para pôr um fim ao lançamento "absurdo" de foguetes Qassam contra Israel.
Citado pelo jornal israelense "Haaretz", Abbas disse que negocia uma trégua que seja extendida até a Cisjordânia.
"Não precisamos deles [dos lançamentos de foguetes]. Eles têm que parar, para que alcancemos um cessar-fogo mútuo com Israel em Gaza e na Cisjordânia".
Mas, apesar de criticar o lançamento de foguetes palestinos, o presidente da ANP também não poupou Israel.
Segundo o "Haaretz", Abbas criticou as forças de Defesa israelenses por suas operações de contra-ataque. Ele disse que os ataques aéreos não ajudam em nada à negociação de uma trégua.
Com Efe, "Haaretz", Reuters, France Presse e Associated Press
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