20/10/2004

Sinopses

da Folha Online

G

"Gemini" (Tvling)
País: Dinamarca, 2003 (94 min)
Diretor: Hans Fabian Wullenweber
Roteiro: Hans Fabian Wullenweber, Janus Nabil Bakrawi
Fotografia: Jacob Kusk
Elenco: Janus Nabil Bakrawi, Trine Dyrholm, Lene Tiemroth, Asger Reher, Karen-Lise Mynster
Produção: Lottie Terp Jakobsen, Sussanne Vendelbo
Lars é um jovem cuja vida é dedicada à sua mãe inválida e seu trabalho num posto de gasolina. A única luz em seu dia-a-dia monótono é Julie, garota que mora no mesmo edifício e que aparece freqüentemente no posto de gasolina. Lars é incapaz de viver longe da rotina até o dia em que Julie desmaia a seus pés e ele decide levá-la para casa. Quando acorda, confusa e desorientada, a jovem acredita que Lars é seu namorado morto, Søren. Diante da inusitada situação, Lars tem de decidir se tenta trazer Julie de volta à realidade ou embarca em seu delírio. Acaba decidindo passar-se pelo ex-namorado da moça e, pela primeira vez, acha um sentido para a vida. Mergulham, então, num mundo só deles, isolado e feliz, onde apenas os dois conhecem as regras. Enquanto isso, a mãe de Lars e os pais de Julie tentam trazê-los de volta à realidade, apesar da resistência do casal. (Competição - Novos Diretores)

"Golem, o Espírito do Exílio" (Golem, L' Esprit de l'exil)
País: França/Itália, 1992 (105 min)
Diretor: Amos Gitai
Roteiro: Amos Gitai
Fotografia: Henri Alekan
Elenco: Hanna Schygulla, Vittorio Mezzogiorno, Samuel Fuller, Marisa Paredes, Bernardo Bertolucci
Produção: Laurent Truchot
Para construir a história de uma mulher e suas irmãs, forçadas ao exílio depois da morte de seus maridos, o diretor-roteirista Amos Gitai foi buscar inspiração na história bíblica de Rute e na interpretação do Golem, criatura mítica judaica, segundo a visão da Cabala espanhola, que o identifica com o exílio e as migrações. O sentimento da história é altamente autobiográfico. Este filme foi feito em Paris, enquanto Gitai encontrava-se num auto-exílio, depois da censura imposta a seu documentário, Diário de Campanha (1982). A grande façanha da obra é conseguir transpor seu sentido espiritual em imagens arrebatadoras, criando uma linguagem poética que afirma toda a força dramática do roteiro, atualizando-a, além do mais, por ambientá-la na Paris de nossos dias. A questão central é o desenraizamento, que forma um fio condutor em todos os filmes do diretor sobre o tema do Golem. (Retrospectiva Amos Gitai)

"Golem, o Jardim de Pedras" (Golem, le Jardin Petrifié)
País: França/Alemanha/Rússia/Israel, 1993 (84 min)
Diretor: Amos Gitai
Roteiro: Amos Gitai e Tonino Guerra
Fotografia: Henri Alekan, Luc Drion e Eduard Timlin
Elenco: Samuel Fuller, Yuri Klepikov, Hanna Schygulla, Jerome Koenig
Produção: Amos Gitai e Laurent Truchot
Daniel é um respeitado marchand que viaja para a Sibéria a fim de tomar posse de uma cobiçada coleção de objetos de arte que acaba de herdar. Leva consigo uma mão gigantesca esculpida, que ele acredita ser parte do Golem, a criatura mítica judaica feita de argila, e atravessa toda a Rússia à procura do resto da estátua. A cada etapa de sua viagem, Daniel recebe informações contraditórias. Ele perde e retoma diversas vezes o rumo, num percurso que cada vez mais torna-se uma busca de sua própria identidade. (Retrospectiva Amos Gitai)

"Gosto de Cereja" (Tam’e Ghilass)
País: Irã/França, 1996 (95 min)
Diretor: Abbas Kiarostami
Roteiro: Abbas Kiarostami
Fotografia: Homayun Payvar
Elenco: Homayun Ershadi, Abdolhossein Bagheri, Afshin Khorshid, Bakhtari, Sefar-Ali Moradi, Mir-Hossein Noori
Produção: Abbas Kiarostami
Premiado com a Palma de Ouro no 50º Festival de Cannes, o filme acompanha a trajetória do senhor Badii. Ele é um homem de 50 anos e está vagando em seu carro pelos pontos da cidade onde desempregados se oferecem para trabalhos avulsos e ocasionais. O senhor Badii tenta encontrar em meio a esse gente alguém disposto a entrar no seu carro e ganhar um dinheiro rápido e fácil em troca de um trabalho. Um trabalho difícil de explicar e que ninguém parece disposto a aceitar. O senhor Badii dialoga com uma série de personagens que vivem mais ou menos à margem da sociedade e que recebem sua proposta com reações variadas. Há quem aceite entrar no seu carro e ouvi-lo até o final. Difícil é encontrar alguém que aceite a sua generosa oferta.
O que o senhor Badii quer é alguém que se disponha a atender ao seu último desejo, na aurora do dia seguinte: chamá-lo pelo nome duas vezes, ao pé de uma cova já cavada; se ele responder, socorrê-lo; se não responder, cobri-lo com terra. O gosto da cereja é uma lembrança sugerida pelo único personagem que deixa aberta a possibilidade de colaborar com o senhor Badii. O seu relato emocionante também usa o tema do suicídio, mas para inspirar amor à vida. (Retrospectiva Abbas Kiarostami)

"Gosto de Sangue" (Blood Simple)
País: EUA, 1984 (96 min)
Diretor: Joel Coen
Roteiro: Joel Cohen, Ethan Coen
Fotografia: Barry Sonnenfeld
Elenco: John Getz, Frances McDormand, Dan Hedaya, M. Emmet Walsh, Samm-Art Williams, Deborah Neumann, , Raquel Gavia
Produção: Ethan Coen
O primeiro longa-metragem assinado pelos irmãos Joel e Ethan Coen ganha nova versão, sem acréscimo nem corte de cenas, mas remixada e restaurada, com novo som e uma pequena abertura, a cargo de um restaurador de filmes. Julian Marty é dono de um bar no Texas e desconfia que a esposa Abby o está traindo com um de seus funcionários, o garçom Ray. Para ter certeza, ele contrata o inescrupuloso detetive Visser, que os segue e confirma as suspeitas do cliente. Um novo acordo é feito entre o comerciante e o detetive: os amantes devem ser mortos enquanto Marty estiver fora da cidade. Com uma trama intrincada e cheia de mal-entendidos, Gosto de Sangue volta em nova edição, sem nada perder do seu impacto, que alucinou platéias da 9a. Mostra. (Especiais)