Funcionários do Banco Central decidem manter greve

Funcionários do Banco Central decidiram nesta quinta-feira (24), em assembléia com a participação de quase 900 pessoas, manter a greve iniciada no último dia 3. Na assembléia de ontem, os servidores também discutiram a reposição dos dias parados.

"Como não aceitamos a proposta do governo, a greve continua", afirmou o diretor de Relações Externas do sindicato dos funcionários do Banco Central, Paulo de Tarso Calovi. Segundo o dirigente, a proposta do governo foi de 50% de compensação das horas paradas e 50% de desconto na folha de pagamentos.

O sindicato da categoria (Sinal) negocia com o Ministério do Planejamento um acordo para reajuste salarial. Os grevistas querem a equiparação dos salários dos analistas e técnicos da instituição aos vencimentos de outros órgãos públicos, como a Receita Federal. De acordo o sindicato, o salário inicial dos analistas e técnicos no BC hoje é de R$ 7.082,40, contra R$ 10.155,32 dos fiscais da Receita, o equivalente a uma diferença de 43%.

Os funcionários do BC já conseguiram do governo um reajuste da ordem de 30%. No entanto, há um impasse entre governo e trabalhadores quanto ao prazo de pagamento desse reajuste: os funcionários exigem o pagamento suplementar já neste ano e retroativo a 2006, enquanto o governo quer pagar o aumento escalonado entre 2008 e 2009.

Uma nova assembléia está marcada para as 15h de hoje, em frente à sede do Banco Central.