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"Sou uma vítima", diz suspeito pelo assassinato de espião russo
da BBC
O ex-espião russo Andrei Lugovoy, acusado de matar o também ex-agente Alexander Litvinenko, negou nesta terça-feira qualquer envolvimento com o caso e disse que a investigação foi "politicamente motivada".
A Promotoria britânica anunciou nesta terça-feira que indiciará Lugovoy. Como ele está na Rússia, a Promotoria terá de pedir a extradição do ex-espião.
"Sou uma vítima, não um autor de um ataque radioativo. Eu disse antes e direi novamente: minha família e eu fomos atacados quando estávamos no Reino Unido", disse Lugovoy a uma televisão russa.
"Eu acho que as acusações de hoje são completamente inadequadas. Eu não entendo que prova eles têm ou qual motivo eles acreditam que eu possa ter, ou, inclusive, como eu poderia ter feito isso."
Lugovoy disse que revelará na próxima semana alguns fatos sobre o encontro que teve com Litvinenko. Segundo o ex-espião, ele dirá "algumas coisas que serão sensacionais para o público britânico".
Litvinenko morreu em Londres, em novembro passado, depois de ser intoxicado por radiação, aparentemente após ter ingerido o elemento altamente radioativo polônio-210.
Extradição difícil
Repetindo uma declaração do Kremlin, a Promotoria russa disse que 'de forma alguma' Lugovoy será extraditado e que qualquer cidadão russo acusado de um crime fora do país "deveria ser julgado na Rússia, com as provas apresentadas pelo Estado estrangeiro".
O porta-voz do primeiro-ministro britânico disse que todos devem esperar agora para ver qual será a "resposta legal" do governo russo ao pedido de extradição. Ele lembrou que a Rússia assinou uma convenção européia de 1957 sobre extradições.
A ministra das Relações Exteriores do Reino Unido, Margaret Beckett, disse ter informado ao embaixador russo no país que espera "total cooperação" na extradição.
O diretor da Promotoria, Ken MacDonald, disse que, em janeiro, a polícia de Londres enviou aos promotores um relatório sobre o caso que incluía alegações e acusações contra Lugovoy.
"Os documentos foram analisados cuidadosamente e hoje (terça-feira) decidi que há provas suficientes para indiciar Andrei Lugovoy. Instruí os promotores a iniciarem imediatamente um pedido de extradição de Lugovoy para que ele seja julgado aqui em Londres por este crime extremamente grave", disse MacDonald.
Kremlin
Um pouco antes de morrer, em novembro de 2006, Litvinenko ditou uma carta, de sua cama no hospital, na qual acusava o Kremlin e o presidente russo Vladimir Putin pelo seu envenenamento.
Moscou classificou as acusações de ridículas. O governo russo lançou sua própria investigação sobre o crime e negou qualquer participação de seus serviços de segurança.
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